Ao candidatar-se a um
cargo público, o cidadão deveria questionar-se sobre sua vocação política. Muitos não tem a menor noção do que seja a
vida pública. Foram içados aos cargos por carisma, simpatia e participação na
sociedade, no entanto desconhecem por completo o que se espera de um político
nesta fase em que se encontra o nosso país.
Meu Brasil brasileiro.
O Brasil passa por uma
estabilidade econômica, mas essa prosperidade deveria atingir todos os
seguimentos da sociedade, o que lamentavelmente não acontece. Motivo? Corrupção.
Precisamos
de políticos vocacionados, o que não significa gente com gosto pela política.
Posso gostar de cantar e ser um péssimo cantor. Da mesma forma é preciso, primeiro,
saber se tenho vocação para a vida pública, se estou preparado para a fase que o
país atravessa.
O que é vocação?
É
um dom natural. Algo que faz com que a pessoa não se veja em nenhum outro lugar
senão naquele pela qual acredita haver nascido. É um “chamado”? Penso que é. Acompanhando
essa estranha “sensação”, vem uma certa habilidade inata, uma facilidade em
ver, entender e fazer as coisas. Isso é vocação. As pessoas percebem que fazemos
com interesse genuíno, admiram nossa forma de fazer as coisas e acabam sendo
influenciadas a nos acompanhar em cada empreitada. É talento. É dom.
Mais que talento.
Vocação
política requer exige mais que talento. Requer caráter,
integridade e espírito de sacrifício. Não
basta ser honesto. Precisa ter ódio pela corrupção. Sem isso, vai ser engolfado pela correnteza de safadeza e desonestidade e se tornará mais um bandido de colarinho branco. O
verdadeiro político representa o povo: suas necessidades,
sonhos e anseios. Ser eleito com o voto público e se valer dos impostos pagos
pelo público que o elegeu é ser calhorda,
um marginal mentiroso e mesquinho.
Nossas cidades.
Nossas
cidades precisam de políticos que tenham vocação, desprendidos de
interesses egoístas, que se dedicados a promover a cidade, em
todos os sentidos. Um executivo que sejam amparado pelo legislativo e vice
versa. Há quem pense ser isso uma utopia, mas acredito que pode haver harmonia
entre os poderes. Pode haver boa vontade. Pode haver corporativismo. Tudo
depende de uma coisa só: vocação política. O
vocacionado vai além dos interesses do partido, é personalista e busca,
acima de tudo, o bem da “polis”, levando a risca a máxima que diz: do povo,
pelo povo e para o povo.
sergiomarcos59@hotmail.com
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