Jesus Cristo ressuscitou realmente? As teorias contrárias foram confirmadas? Existem evidências da
ressurreição? Seriam os relatos bíblicos as únicas fontes a serem consultadas?
É possível acreditar na ressurreição sem desprezar a razão?
Credenciais.
Entenda-se por
ressurreição, o retorno da alma (ou espírito) ao mesmo corpo que outrora
habitara. Os relatos bíblicos sobre a ressurreição podem ser encontrados em São
Marcos, capítulo 16; São Lucas, capítulo 24 e São João capítulos 20 e 21. Em
tais narrativas, o corpo físico de Jesus é tocado, as feridas da crucificação
são visíveis e o Mestre se alimenta de peixe e mel silvestre com os discípulos.
No entanto, as narrativas bíblicas parecem não satisfazer as mentes mais
inquiridoras. Se esse é seu caso, gostaria de chamar sua atenção para três
credenciais básicas de Jesus Cristo:
1) O impacto
de sua vida na história, dividindo-a em antes de Cristo (a.C.) e depois de
Cristo (d.C.) ;
2) As
profecias milenares que se cumpriram literalmente em sua pessoa;
3) O
infindável número de pessoas que, ao longo de mais de dois mil anos de história,
atestam que foram radicalmente transformadas para melhor, após terem “um
encontro” com Jesus ressuscitado;
4) O fato de
até hoje jamais alguém haver desacreditado sua ressurreição de modo consistente
e definitivo.
Inquirindo.
Existem
argumentos fortes a favor e contra a ressurreição corporal de Cristo. O que não
podemos evitar é o fato de a ressurreição ser a principal coluna de sustentação
da fé cristã. Retirando-se esta coluna, todo arcabouço teológico cristão cai
por terra. “Se Cristo não ressuscitou, é
vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé”, afirma o Apóstolo Paulo em sua
carta aos Coríntios 15:14.
Para se ter
uma ideia do impacto da ressurreição nos primeiros cristãos,
1)
A arqueologia registra a existência de desenhos
alusivos nas catacumbas de Roma e nos muros da cidade.
2)
A hinologia cristã abunda em referências a
ressurreição.
3)
Os apologistas cristãos dos primeiros séculos
produziram abundante literatura
defendendo ardorosamente a fé na ressurreição e em todos os “credos da igreja”
a ressurreição de Cristo é tida como pilastra central do cristianismo.
4)
O túmulo vazio de Cristo foi o berço de
cristianismo. Para a humanidade se ver livre do cristianismo, basta provar que
a ressurreição foi uma fraude.
História.
Um
conceituado historiador chamado Wilbur Smith disse que “temos mais detalhes sobre as horas que antecederam a morte de Jesus e
sobre a própria morte, acontecimentos ocorridos em Jerusalém e proximidades, do
que os detalhes que temos sobre a morte de qualquer outra pessoa do mundo
antigo”.
Os discípulos,
após sua morte ficaram profundamente abatidos. Uma reação psicológica normal.
Como explicar a euforia dias após ressurreição? Como explicar o evento público
de pentecostes e a conversão imediata de três mil pessoas? Como explicar a
prisão de Pedro, um simples pescador, pela única acusação de anunciar a
ressurreição de Cristo? Como explicar as transformações sócio/religiosas que
ocorreram sob o anúncio da ressurreição corporal de Cristo? Como explicar a fúria
dos imperadores romanos destinando às arenas, os crentes em Jesus Cristo? Bastava
alguém “desmentir” a ressurreição com provas incontestáveis e seria colocado um ponto final na crença que
se alastrava rapidamente. Por que isso nunca foi feito?
Especulações
Alguns
seguimentos religiosos surgiram ao longo dos anos em torno da “não ressurreição
corporal”, mas sem contra argumentar
consistentemente os testemunhos da história e dos relatos bíblicos.
Uma destas
especulações é que Jesus não havia ressuscitado corporalmente, mas aparecido
num corpo “materializado”, fantasmagórico, que, ao elevar-se da Terra,
desvaneceu-se sem deixar vestígio.
Outro
argumento é que Jesus não morreu mas sofreu um desmaio, acordando depois no
túmulo e fugido para a região do Tibete, onde casou-se e teve filhos.
A versão
romana é que os discípulos roubaram o corpo e o esconderam para então
propagarem a “fraude” da ressurreição.
A Bíblia
afirma que, além dos apóstolos e seus familiares, Jesus Cristo ressuscitado foi
visto por mais de quinhentas pessoas (1ª
Coríntios 15:6). Não foram apenas alguns punhados, tomados de estase ou
comprometidos emocionalmente. Para o mundo antigo, quinhentas pessoas é um
montante considerável e se fracassassem em divulgar sua fé na ressurreição corporal
de Cristo, jamais chegaria até nós tal crença. Estas pessoas não apenas
disseram tê-lo visto, mas deixaram um legado ético e moral ao mundo com sua
conduta irrepreensível, se dispondo, inclusive a morrer mas não negar, de forma
alguma, que o seu Senhor, crucificado, havia ressuscitado corporalmente.
E eu com
isso?
Se Jesus de
fato ressuscitou, ficou comprovado que ele era quem dizia ser: o filho de Deus.
Algumas religiões insistem em combater ferrenhamente o que a Bíblia assevera
peremptoriamente. Jesus Cristo é Deus.
Não “um deus” inferior, não um ser humano “iluminado”, ou o “mais iluminado de
todos”. Não! Quinhentas vezes não! Jesus foi o único a nascer de uma virgem, o
único que curou um cego de nascença, o único a acalmar uma tempestade por comando
de voz, o único que conseguiu amar os que o martirizaram, o único que, uma vez
morto (com uma lança sendo transpassada em seu tórax) três dias depois,
retornou vivo.
Isso afronta o
ego humano. Isso confunde mentes arrogantes. Isso fere a vaidade dos reis e
poderosos. O Deus Eterno se tornou vulnerável, caminhou entre os homens,
sujeitou-se as limitações dos mortais, pregou o amor, a misericórdia e condenou
o pecado em suas formas mais sutis, tanto pessoais quanto sociais.
Se isso for
uma fraude, estamos por nossa conta. Aconteça o que acontecer, “morreu,
acabou”. Nada de céu ou inferno. Nada de absolvição ou condenação. Nada de
ética, moral ou bons costumes. A sorte foi lançada. Ninguém é de ninguém.
Ninguém deve nada a ninguém. O que restou é matéria, que o chão há de comer.
Mas... e se
for verdade??
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