Igrejas ditas “evangélicas” dominam a mídia transformando-se num movimento comercial com maquiagem espiritual, celebrando
um casamento maldito entre a fé e o capitalismo. Há uma diferença visceral entre o cristianismo
bíblico e esta paródia sem graça na TV brasileira. Definirei aqui como:
cristianismo bíblico (fundamentado na teologia protestante, reformada e tradicional)
e movimento pseudo cristão (igrejas
“eletrônicas” ou “digitais”).
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Cristianismo
Bíblico
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Cristianismo
falso
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1.
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O pastor ou líder é um homem do povo.
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O pastor ou líder é um artista destacado com
estrondoso poder de comunicação midiática.
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2.
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Os fieis formam uma comunidade, uma grande família.
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O fiéis são simples plateia, na maioria dos casos, nem se conhecem. Encontram-se
na multidão ou participam à distância, em casa, pela TV, rádio ou internet.
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3.
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Dízimos e ofertas são voluntários, expressão singela
de seu amor à Deus e a sua igreja. Pastores e líderes tem vida modesta.
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Dízimos e ofertas funcionam como chave para
destrancar os “tesouros” de Deus em benefício dos fiéis, em prol do seu
enriquecimento. Geralmente os líderes destes movimentos vivem nababescamente.
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4.
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A pobreza e a doença são resultado do estado da natureza humana
decaída, que se encontra distante do original criado por Deus.
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Pobreza e doença são obras do diabo e precisam ser exorcizadas.
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5.
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Jesus tem todo poder para curar, mas o faz segundo
sua soberana vontade, com quem e quando quiser.
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O poder de Deus para curar pode ser manipulado pelo
pastor ou líder ou até mesmo pelos fiéis desde que se pronuncie certas
palavras e frases de efeito.
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6.
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A Bíblia Sagrada é autoridade máxima em questões de fé e prática.
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O líder fundador, bispo, apóstolo (ou pastor) é a autoridade máxima
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7.
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A igreja é dirigida por uma junta ou conselho formado
por pessoas idôneas eleitas pela própria comunidade.
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Não existe “rol de membros” e os dirigentes são
escolhidos pelo próprio líder, “de cima para baixo”.
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8.
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Toda a Bíblia é ensinada e pregada, com ênfase no Novo Testamento
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Afirma crer em toda a Bíblia mas concentra-se quase que totalmente no
Antigo Testamento.
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10.
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Reconhece a irmandade cristã em outras comunidades e
denominações cristãs evangélicas.
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Não reconhece irmandade cristã em nenhuma outra
instituição evangélica.
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11.
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Cristo é central e seu nome é pregado e exaltado em todas as reuniões
e eventos.
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O nome ou marca da instituição é central e anunciada em todas as
reuniões e eventos.
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12.
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Sua mensagem é de arrependimento e fé em Cristo para
a salvação.
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Sua mensagem é de adesão à instituição para receber
benefícios espirituais, principalmente prosperidade material.
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13.
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É a favor da família composta de pai, mãe e filhos como base para a
saúde psicológica das crianças, mas condena toda forma de preconceito.
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Pensa da mesma forma com respeito à família, mas age com preconceito
militante contra o movimento GLTBS.
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14.
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Incentiva a formação acadêmica, inclusive mestrado e
doutorado, pesquisa e desenvolvimento intelectual.
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Desencoraja o desenvolvimento intelectual
considerando-o antagônico a simplicidade da fé.
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Existem outras diferenças, mas
acredito que estas sejam as mais importantes para destacar que há um “racha” no
cristianismo não católico. O IBGE dá uma cifra percentual alta para o número de
evangélicos no Brasil, mas sem diferenciá-los.
Faço aqui, não para confundir ou
julgar mas esclarecer aqueles que, olhando de fora, pensam ser todos a mesma
coisa.
Sugiro a você, que ficou curioso,
que leia CRISTIANISMO PURO E SIMPLES
de C.S. Louis e a Bíblia Sagrada, disponível gratuitamente para download para
celular ou tablets.
Sérgio Marcos
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