Estamos deixando de ser homo sapiens para nos tornarmos
homo sentimentalis.
É
lamentável como a humanidade regride em relação aos avanços da mente. Um exemplo é a música: das peças clássicas da antiguidade ao
funk, só vemos retrocesso. O que importa é “sentir o batidão”
e não degustar uma sinfonia harmônica.
Nas relações interpessoais, já não se pensa antes de
iniciar um relacionamento. A ordem era: me apaixono, conquisto, namoro, fico
noivo, caso e tenho filhos. Hoje inicia-se tendo filhos, para então “sentir” o
que fazer depois.
No campo da religião, a mesma coisa. A reflexão
teológica deu lugar ao “sentimento religioso”. Se você entrar num culto (ou
missa) num final de semana, vai demorar para perceber se está numa casa de
shows ou num lugar sagrado. Muito movimento, pouca luz, musica alta, expressões
sentimentais e quase nada de reflexão transformadora, que leva a mudança de
mente e coração.
Sobre esse assunto, Philip Rieff, sociólogo
americano, escreveu em sua obra: “The Triunph of the Therapeutic” (O Triunfo da
Terapia):
É tempo de evocar esse novo homem...Eu
apenas anuncio a sua presença, vibrando em todos nós, uma resposta ao Deus
ausente. Ao fazê-lo, digo que o homem não está na posição do sábio que exibe um
tolo, ou do homem saudável que examina o doente; somos todos tolos, todos
doentes, e até que possamos controlar o choque desse reconhecimento não seremos
capazes de acessar corretamente o caráter de nossa época. Que um novo mito do
homem está em desenvolvimento, ao menos entre as classes educadas, me é
evidente.
Esse “mito”, que Rieff menciona, é o homo sentimentalis, o homem capaz de
entender, agir, reagir e escolher com base em suas emoções, que está se tornando
“o fiel da balança” com respeito a verdade e felicidade. Sem nos darmos conta,
estamos parando de pensar. As redes sociais pululam com seus sinais de
notificação em nossos celulares nervosos; visualizamos milhares de imagens
diariamente, compartilhamos fotos e vídeos e com isso não paramos para refletir
sobre o real valor das coisas, do ser humano, da vida, da espiritualidade
genuína, muito menos no Único e Verdadeiro Deus.
No cristianismo de raiz, sempre houve lugar para a
emoção. Não porém, em detrimento da razão. Uma palavra crucial em teologia é
“convicção”. No original, “plerophoria” significa “plena segurança”, completa
confiança. Foi o que levou Paulo a dizer aos colossenses: “para que o coração
deles seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a
riqueza da forte convicção do
entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo” (Cl
2:2). Outras traduções trazem: “verdadeira compreensão” (NTLH); “toda a riqueza
do pleno entendimento” (NVI); “real convicção e clara compreensão” (VIVA).
Vivemos um momento crítico na história,
onde subliminarmente, estamos sendo levados a parar de pensar, de refletir e
questionar. Isso nos leva a aceitar
qualquer tipo de música, votar em qualquer político, frequentar qualquer igreja
(ou religião), ler qualquer livro, assistir qualquer vídeo, desde que a gente
“sinta” que deve fazê-lo. Lamentável.
Não vou me entregar. Minha natureza de homo sapiens me impede de me encolher a
um mero homo sentimentalis. O crivo
para escolhas certas e justas é minha mente e não minhas emoções.
Vejo
um ótimo exemplo em minha cachorra: posso entregar um alimento com formato e
cores estimulantes para um cão, mas antes dela colocar na boca, vai cheirar
muito, submetendo ao crivo de seu olfato acurado, o desejo de morder e engolir.
Pense bem antes de...
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