Deixando
a questão racial, pense
no atual sistema de ensino onde o aluno não repete de ano. A aprovação acontece
automaticamente. Estudou, passou. Não estudou, tudo bem! Passou também. Há alunos que tiram boas notas devido a sua inspiração e outros
por pura transpiração. Alguns são dotados de uma mente ágil e poder de
concentração. Outros vão para casa e ficam até as
“tantas” “sobre” os livros para entender o que o professor falou. Eu sempre fui
mediano e tive coleguinhas nos dois extremos.
Acredito
que essa Escola “Inclusiva”
não é tão preocupada, assim, com o “social”. Nivelar “por baixo” não é sábio. O
estimulo ao mérito tem marcado as potências mundiais como China, Japão, Estados
Unidos, Canadá, Inglaterra, França, Espanha. Deve haver um método inclusivo que
não mutile a excelência nem castre a genialidade. Sabemos que há
crianças que naturalmente se superam e surpreendem. Outras, porém, terão que
ser estimuladas, advertidas. Penso também no professor. Se seu trabalho for bom
ou mediano, tanto faz. Aprovará todo
mundo no final. Isso é altamente desestimulante...
Acredito
na necessidade de uma reforma no
modo de pensar do brasileiro para que salvemos as próximas gerações. Diz a
Bíblia que “a quem mais é dado, mais é
exigido” (Lc 12:48), ou seja, quanto mais dotada for uma pessoa, mais a vida
lhe exigirá. Isso é justiça.
Na parábola dos talentos, (contada por
Jesus) o patrão que havia repartido responsabilidades a seus funcionários, “a um deu cinco talentos, a outro, dois e a
outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu” ( Mt
25:15). Assim é a vida. Uns recebem bastante, outros nem tanto. Tive um
colega de faculdade super dotado que além do curso que fazíamos juntos,
estudava medicina e hebraico. No convívio com ele, fui estimulado a melhorar
minhas notas, inclusive porque reprovei em Grego e ele não.
Pensando
bem, tratar pessoas diferentes de maneira igual, é injusto!. “E com muitas parábolas semelhantes lhes expunha a palavra,
conforme o permitia a capacidade dos ouvintes” (Mc 4:33). Jesus agia assim: ensinava considerando a
capacidade de entendimento das pessoas, que são diferentes. Um médico e um
catador de laranja,são igualmente importantes para a sociedade. O médico
explorou suas capacidades intelectuais com as quais foi contemplado ao nascer,
enquanto o catador de laranjas emprega seu vigor físico e vitalidade no campo.
O médico adquire laranjas no mercado próximo a sua casa sem saber que o catador
de laranjas escolheu as mais maduras e nobres, colocou em seu alforje e passou
todo o dia, levando-as ao coletor. Evidente que os catadores de laranjas
deveriam ser melhor remunerados em relação aos médicos, mas o nível de
responsabilidade de um médio com o catador de laranjas também é diferente.
Receber reconhecimento por
merecimento, enobrece o ser humano. Nisso, todos somos iguais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário