Difícil heim! Nesta nossa cultura pós-moderna, espiritualidade se confunde com religiosidade facilmente e o que deveria ser como água e óleo, se funde num amálgama maldito. Mas entendo que, em primeiro lugar, espiritualidade cristã demanda de um relacionamento íntimo com Cristo. Nada de fórmulas, trejeitos, manías igrejeiras, idumentária certinha (roupa de domingo), etc. Além disso, espiritualidade legítima demanda de uma dependência crônica do Pai Celeste. O ego dá lugar ao THEOS. Deus reina no trono do coração, dá as cartas, dita as normas, e a gente obedece, numa liberdade doida, linda, leve e solta. Servos, porém, livres!Além disso, toda espiritualidade verdadeira, é bidimencional. Tanto vertical (para Deus) quando horizontal (para o semelhante). Ama-se a Deus sobre tudo e ao próximo como se fosse a gente mesmo. Toda espiritualidade que não nos leve a amar pessoas e gostar de gente, é falsa, animal e demoníaca.
Por fim, espiritualidade de verdade é calma, dispensa o marketing, foje da ribalta, dos holofotes. É singela, doce, acessível e dinâmica. Não pode ser imitada ou produzida em série. É original. Uma usina de originalidade.
Como ser espiritual sem se tornar um religioso de cara e crachá? Basta olhar para JESUS. O Deus que se disfarçou de gente. E que disfarce! Entrou na nossa dimensão. Viveu como Deus no mundo dos homens e hoje, ressucitado, como homem na dimensão de Deus. Mistérios. Está ao mesmo tempo ao lado do Pai, na luz inascessível, e onde dois ou três se reunirem em seu nome. Vai entender!
Pense nisso. Abomine a religiosidade burra, fábrica de alienados e seja um seguidor do Cordeiro, por onde quer que ele vá.
