Causa-nos inveja saber que, em outros países, o direito e a justiça são levados a sério. Por que no Brasil “a coisa” não funciona? Somos uma democracia, mas não temos a paz de saber que a justiça está e estará sendo feita. Por quê?
O Brasil não é um país sério
Esta
famosa frase é do embaixador brasileiro na França, Carlos Alves de Souza. Em
todo mundo é repetida quando algum escândalo daqui repercute acolá. Nossa
cultura possui um traço festivo, o que não é ruim. Ruim é querer se divertir
enquanto a Covid-19 chega a beira de 300.000 mortes em um ano! O Brasil não é
um país sério.
A lei de Gérson
Em
nosso caldo de cultura existe a famosa frase do “canhotinha de ouro” da Copa do
Mundo de 1970, : “Leve vantagem você também...” Nunca um comercial foi
mais preciso em identificar uma tendência tão presente no subconsciente coletivo
nacional: a vantagem. Somos o país do “primeiro eu, depois o samba”. A velha
filosofia do “cada um por si”, pois só Deus, é “por todos”. Nesta PANDEMIA
nota-se que, desde os mais altos escalões do poder, até os mais simples
cidadãos das periferias, há uma ausência de solidariedade e sacrifício em prol
da coletividade.
Dando um jeito no jeitinho
Desde
que me conheço por gente, ouço: “pra tudo se dá um jeito”. Dar “um jeito” significa “fazer
funcionar”, mesmo que isso fira a lei ou prejudique alguém. O brasileiro é
perito em fazer com que uma coisa errada pareça certa. Outra grande habilidade é
o drible. Ninguém dribla tão bem a lei quanto o brasileiro. As pessoas entram por um caminho errado, fazem escolhas ilegais,
com fé de que, no final, “se dá um jeito”.
Como
fazer a justiça funcionar
Se
não começarmos com as crianças, nada mudará no Brasil! A geração que hoje lidera nosso país não tem cura. “Da sola do pé até o alto da cabeça, não há
nada são” (Isaías 1:6). Entra um sai outro e tudo continua “como dantes na
terra de Abrantes”. Somente uma nova geração, revoltada com a impunidade poderá
trazer beneficio no futuro. O segredo para reconstrução de um país está na
carteira escolar e na mesa da cozinha de cada lar. Quando pais e professores
levarem á sério a educação de uma criança para a cidadania, o país terá futuro.
“Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o
passar dos anos, não se desviará deles” (Provérbios 22:6).
Pensando bem...
...
um país sério, respeita a faixa de pedestres; não usa indevidamente a vaga do
idoso ou do deficiente; pratica a gentileza; espera sua vez na fila da vacina; trabalha
honestamente para conseguir o pão de cada dia; constrói sua família em bases
sólidas; não desperdiça roupas ou alimentos; recicla seu lixo; e acima de tudo
entende que solidariedade não é um “dom”, mas uma obrigação.
Pensando
bem, um país sério se faz com crianças educadas com seriedade que se tornarão
cidadãos responsáveis, trabalhadores responsáveis, políticos responsáveis que
reconstruirão um país despedaçado pela impunidade, em um país sério, solidário.
“O efeito da justiça será paz, e o fruto da justiça,
repouso e segurança, para sempre” (Isaías 32:17).
Contato: sergiomarcosmevec@gmail.com