sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Duas virtudes cardeais para se dar bem em 2013.

      Você deve estar eufórico para receber mais 365 dias cheio de oportunidades para vencer, crescer, prevalecer e ser feliz. 

    Duas virtudes me parecem  cardeais, para se dar bem no ano novo.
   A primeira é "equilíbrio". A qualidade de se manter centrado, controlado, em paz.  Não vá "às nuvens" nas vitórias e jamais ao "fundo do poço" nas derrotas. Mantenha a serenidade, mesmo em meio aos mais terríveis temporais.
   A segunda é "sensatez", a arte de ser sensato, coerente, ponderado, falar sempre o estritamente necessário, mesmo sob forte pressão. Sensatez é qualidade de pessoas maduras, vividas, experimentadas pela vida, mas os jovens podem desenvolver essa qualidade observando os mais velhos, ouvindo mais e falando menos. Pense antes de dizer alguma coisa.
   Talvez você diga: " - mas como isso é difícil!" 
   Sim. Ninguém obtém qualidades (sejam psíquicas, físicas ou estéticas) sem um certo grau de esforço e investimento. Mas vale a pena. Se você observar mais a natureza, fazer leituras selecionadas, aprender com quem realmente sabe, e aprender a ouvir as pessoas, poderá se tornar, em pouco tempo, um perito no equilíbrio e na sensatez. Afinal, esta dica não é minha, é do Criador: "Meu filho, guarde consigo a sensatez e o equilíbrio, nunca os perca de vista; trarão vida a você e serão um enfeite para o seu pescoço. Então você seguirá o seu caminho em segurança, e não tropeçará; quando se deitar, não terá medo, e o seu sono será tranqüilo. Não terá medo da calamidade repentina nem da ruína que atinge os ímpios, pois o Senhor será a sua segurança e o impedirá de cair em armadilha" (Provérbios 3:21 à 26).
   Que venha 2013! Feliz ano novo!

sergiomarcos59@hotmail.com

sábado, 15 de dezembro de 2012

Amar (NÃO) é...

     ...passar a mão na cabeça quando você sabe que a pessoa precisa de uma repreensão.
     ...concordar com tudo que ela diz, mesmo discordando  de mais da metade do que ela está falando.
     ...dar o ombro "amigo" quando sabe que ela acabou de fazer uma besteira e se sente cheia de razão.
     ...ajudá-la a fazer algo que a pessoa acha certo mas que vai prejudicar ela mesma ou uma outra pessoa ou grupo de pessoas.
     Em fim: quem ama não pode se omitir, deixar quieto, fazer vista grossa, em "nome do amor". O amor verdadeiro exige  abordagem franca, bronca, repreensão severa e até punição com um afastamento, o famoso "gelo", para que a pessoa possa refletir e retornar a sensatez. 
     Certa vez o Senhor Deus fez isso com Israel, dizendo: "Então voltarei ao meu lugar até que eles admitam sua culpa. E eles buscarão a minha face; em sua necessidade eles me buscarão ansiosamente" (Os 5:15).
     Deus tem me tratado assim. Deus me ama, mas retira a sensação de Sua Presença quando me encontro resistente ao seu tratamento. Amo a Deus por isso. Ele não endossa meus pecados, Ele não me trata com "mimo", não se submete as minhas manhas e não me deixa passar para a "lição 5" quando não conclui a "lição 4".



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Calma! Resta uma esperança...

Seus pensamentos estão acelerados? Perdeu a noção de  como está por dentro? Seu sono é interrompido várias vezes durante a noite? Não consegue trabalhar direito? As pessoas que você mais ama estão estranhando seu comportamento? Perdeu a cabeça recentemente e fez coisas das quais se arrependeu? Calma... há esperança.
Talvez não esteja vendo uma saída e por isso se entregou a angústia. Talvez esteja se culpando ou alimentando sentimentos de ódio. Calma...há esperança.
Está vendo o que construiu com tanto sacrifício se desintegrar diante dos seu olhos? Sente-se como se estivesse nadando contra a correnteza, andando contra a maré? Calma...ainda há esperança.
Não está vendo resultados dos seus esforços, sente-se como se fosse uma árvore seca, sem vida, sem verde, sem nada?
Creia. A morte não é mais a última palavra da existência humana. Foi vencida. Foi destronada. Foi derrotada. Nunca mais poderá decidir, por si, quem levará, quando e como. Não pode segurar Jesus. Não pode mantê-lo no túmulo. Ficou impotente desde que o Filho de Deus RESSUSCITOU!
Seja lá o que for que em sua vida está em processo de morte, é devido a seus pecados. "O salário do pecado é a morte"( Rm 6:23). É isso aí. Mas o presente gratuito que Deus te oferece, ao arrepender-se de seus erros, é VIDA. 
Desacelere. Acalme-se. Reflita . Jesus te ama. Ele te chama.
"Vinde a mim"
Vem.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Quem é você pra me julgar?


 “ – Ei, pera aí! Você tá me julgando!” 
     Já ouviu isso? 
    Você está  tentando mostrar que a pessoa está equivocada, quer ajudar, quer ver a pessoa  crescer,  aprender e a se libertar de certos conceitos insustentáveis e ainda tem que ouvi-la citar o versículo:  "Não julgueis, para que não sejais julgados (Mateus 7: 1 à 5). 
      Diante disso, muitos silenciam e são vencidos por um argumento aparentemente bíblico, mas que se trata de uma artimanha carnal para que a pessoa não receba aquilo que ela não deseja ouvir. Um texto fora de seu contexto. 
     O "não julgueis" de Jesus, é contra  o julgamento superficial, baseado na aparência, precipitado, carnal e inconsequente. Se o “não julgueis” de Jesus, é um “cala boca” absoluto e se aplica a qualquer pessoa, situação,  época e lugar, temos um problema sério: a Bíblia se torna um livro contraditório. Por quê? Por que Jesus ensinou que os membros de uma comunidade cristã devem ser julgados (Mt 18:15 à 18) e pelos membros da própria comunidade. Paulo reforçou com um exemplo vívido ( 1ª Co 5:1 à 5 e 11 à 13). 
     À Timóteo e a Tito, o Apóstolo pediu "repreensão severa" aos que estivessem rejeitando as bases cristãs (1ª Tm 5:20  e  Tito 1:13). O que está em jogo aqui é o julgamento fundamentado em fatos confirmados, notórios, realizado por gente sábia, experiente, madura e conhecedora da natureza humana e da Palavra de Deus.
   Nenhum de nós gosta de ser repreendido. Somos naturalmente refratários e alguns até se sentem rejeitados quando isso acontece. Mas o Livro diz: "Disciplina rigorosa há para o que deixa a vereda, e o que odeia a repreensão morrerá" (Pv 15:10). 
      Se você deseja crescer como pessoa e fazer a diferença sendo usado por Deus, lembre-se: primeiro Deus irá trabalhar em você e depois trabalhará através de você. Vai ter que aprender a  dizer "sim senhor" e as palavras mágicas para uma vida bem sucedida: "eu errei".
      Pare que esse negócio de "quem é você para me julgar" e limpe da sua boca a frase mal educada: "vai cuidar da sua vida". Se tem alguém te "julgando" ou "cuidando da sua vida", é porque você é notado(a), amado(a) e alguém está se importando com você. Pior é quando esses que te "julgam" ignorarem sua existência.      Você é um "zero", tanto quanto eu. Convém decidirmos se seremos um zero à direita ou a esquerda. 
     Tchau.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O encontro

Jamais esquecerei aquela tarde de domingo. Eu era um bom crente, membro de uma igreja histórica, tradicional, com origens europeias e orgulhoso de ser neto de Dona Cecília de Barros Cicotti, uma crente devota, de uma fé e testemunho exemplares. Era um garotão, gostava da vida e meus dotes de liderança me deram certo prestígio na comunidade. Passando dos 20 anos, esbanjava disposição e gostava de música e de estar onde as pessoas estavam, de preferência, em evidência. 
Liderava um conjunto musical jovem, um quarteto e era suplente de solista no coro da igreja. Nada mal para alguém recém saído da adolescência. 
Pelo fato de estar sempre disposto a trabalhar, foi me outorgado o cargo de "ecônomo" (diácono) vejam só. Um fedelho em meio a homens maduros, sérios e reconhecidos pela igreja. Mas isso não era tudo. Juntamente com o pastor, passei a co-liderar uma congregação num bairro vizinho e fui muito elogiado por meu desempenho musical e minha retórica. Fui invejado por minha "espiritualidade". Porém, quando o pastor me pediu para fazer um estudo bíblico sobre santificação, meus "problemas" começaram.
Minha conduta fora dos limites da religião, era péssima. Não sabia lidar com o dinheiro, desrespeitava meus pais, nutria uma raiva secreta de minha irmã (mais nova 6 anos), era um torcedor idólatra de meu time de futebol, embriagava-me com frequência, falava a língua dos palavrões fluentemente e exagerava (mentia sobre) minhas conquistas pessoais. Era vaidoso ao extremo e junto com colegas não crentes, contava piadas obscenas sobre Deus, Cristo e Maria. 
Um hipócrita, você dirá. Sim, e um bom religioso para os amigos da igreja. Faltava-me "o encontro". 
Dominado pelo medo de ir para o inferno sem escalas no purgatório ou coisa que o valha, passei a ler a Bíblia. A princípio não entendia muita coisa, mas logo comecei a entender e muito bem. Estava perdido, longe de Deus, inimigo da Divindade, sem esperança, sem Salvação, sem paz, sem perspectiva futura. Vivendo "o aqui e agora" e me lixando para o amanhã. Mas aos domingos cantava: "Glória, glória, aleluia...vencendo vem Jesus". 
Mas um dia, sentindo-me imundo, o pior espécime humano sobre a terra, um farrapo, completamente desgraçado e sem a menor noção de como obter o perdão de Deus. Procurei um pastor (outro, obviamente) e lhe disse: "Deus jamais me aceitará. Eu sou perverso. Contei piadas sobre Deus, Jesus e Maria. Eu finjo ser o que não sou. Creio que para me aceitar em seu Reino, Deus queira antes me dar uma surra, que meus pecados me fazem merecer. Estou disposto a isso, aconteça o que acontecer. Eu quero paz".
O sábio homem de Deus, colocou seus olhos sobre mim, e calmamente me disse: "Essa surra que você bem merece, Jesus sofreu em seu lugar". Exatamente 48h depois,  tive o meu "encontro".
"O ensinamento verdadeiro e que deve ser crido e aceito de todo o coração é este: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior.  Mas foi por esse mesmo motivo que Deus teve misericórdia de mim, para que Cristo Jesus pudesse mostrar toda a sua paciência comigo. E isso ficará como exemplo para todos os que, no futuro, vão crer nele e receber a vida eterna.  Ao Rei eterno, imortal e invisível, o único Deus—a ele sejam dadas a honra e a glória, para todo o sempre! Amém!"( I Tm 1:15 à 17)

sergiomarcos59@hotmail.com

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A vida é um baile de máscaras...

     Ocultar a identidade é algo comum,  não apenas entre os heróis da TV. Mais comum ainda é não conhecer sua própria identidade. Por não sabermos ao certo quem realmente somos, nos valemos de máscaras a fim parecermos agradáveis diante de certas pessoas e obter vantagens nas oportunidades que a vida nos apresenta.
     Máscaras possuem data de validade não revelada. Por desconhecermos quanto tempo durarão, acabam caindo em momentos impróprios, revelando quem de fato somos.
     Nos acostumamos tanto com as máscaras que admitimos nos relacionar com pessoas mascaradas, mesmo sabendo que não estamos tocando sua real identidade. Vivemos aquela do "me engana que eu gosto". Levamos a vida assim, como num imenso "baile de máscaras" até que a verdade vem a tona, as luzes se acendem, as máscaras caem e os defeitos da face ficam evidentes." Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido" (Lucas 12:2).
     A própria vida se encarrega de criar circunstâncias onde fica insustentável o uso da máscara. Nossa real identidade acaba sendo confrontada. As motivações do coração, questionadas, e acabamos tendo que admitir quem de fato somos e dar as pessoas o livre acesso ao que durante muito tempo conseguimos ocultar. 
     Deus sabe como nos ensinar a sermos autênticos. Como fez com seu povo Israel (Dt 8:2), nos leva ao deserto, nos prova nas carências, nas aflições, na solidão, para que por meio de nossas reações, o coração seja exposto e o conteúdo do frasco, derramado.
     Ser autêntico é uma bênção, mas amedronta pelo receio da rejeição. Tentar manter a máscara, pode ser pior, pois costuma cair sem aviso prévio, quando estamos no centro do palco, sob as luzes da ribalta, com platéia lotada.
     Ai...

sergiomarcos59@hotmail.com

     
     

sábado, 10 de novembro de 2012

Por que é tão difícil assumir meus erros?

     Nasci assim. Sem o menor interesse de assumir meus erros. Tenho a impressão que possuo um "chip" muito bem instalado que me socorre com desculpas mirabolantes (e cada vez mais sutis) para me livrar das consequências das burradas que faço. Sou "liso" quando tentam me "enquadrar". Você se identifica comigo? Creio que sim.
     A natureza humana é má, em sua essência. Temos lampejos de bondade, de justiça, de verdade. O resto é "senvergonhice" mesmo, da pura, da boa.
     Mas isso não nos torna felizes, realizados, satisfeitos, de bem com a vida. Pelo contrário. Temos um outro "chip" bem instalado chamado "consciência". Reflete Deus em nós. Seria  o "imago dei" em cada pessoinha da Terra? Muitas vezes o atacamos, tentamos retirá-lo à força. Alguns mais espertos tentam "rackea-lo". Em vão. Continua funcionando e incomoda à beça quando insistimos em fazer o que não convém.
     Que me desculpem os darwinistas e os que acreditam que o ser humano está em franca evolução, se que ainda exista alguém que pense assim depois de 11 de setembro de 2001, mas tenho motivos para pensar ao contrário.
     Desde que Adão jogou a culpa de seu erro em Eva e essa na serpente, o ser humano tornou-se um "cara de pau" de marca maior. Mentimos, acreditamos em nossas mentiras e fazemos outros mentirosos com as mentiras que colocamos na boca deles e ainda tentamos nos safar dizendo: "- Não sou santo. Santo foi um só  e...blá...blá...blá..."
     É difícil assumir meus erros porque sou vaidoso demais, orgulhoso demais, e me acho acima dos outros porque acabei  acreditando no engodo de que "ser esperto é mais importante  do que ser sábio".
     É mais fácil, nestes casos, acreditar que sou um "símio de última geração" do que um ser criado a imagem de um Deus Perfeito.  
     Sou um agente moral, responsável pelos meus atos.
     Assumir meus erros só será fácil para mim, quando entender que sou pecador, mas que isso não é minha sina. É  uma condição plenamente reversível por meio do sacrifício vicário de Cristo, que uma vez aceito pela fé, me envia o Espírito Santo à minha consciência, otimizando-a e me tornando livre para acertar. Se errar, posso corrigir com humildade, e prosseguir no caminho da santidade.
     Sou tão guloso, que não há neste mundo nada que me satisfaça. Só o Céu pode satisfazer minha carência de amor, realização pessoal/social e de paz. E o Céu é para os que assumem seus erros na Terra. 
     Seja adulto, assuma o que fez, concerte, e o Céu será seu.

sergiomarcos59@hotmail.com

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A era da indecisão.

A sociedade vive em tom pastel. Não há certezas. Não há convicção. Questionar é preciso. Responder as questões, nem tanto. No campo religioso isso está cada vez mais incisivo, penetrante. 
Deus? Não importa o nome. Cada cultura tem o seu e todos na verdade podem ser a mesma pessoa. O politicamente correto adentrou o lugar santo. O profano e o sagrado estão no mesmo local. Nada de definições. Nada de dogmática. Externar convicções é falta de respeito, total ignorância e atestado de que se pertence a cultura de gueto. A mente globalizada exige que aprendamos a "dar as mãos" pois o "deus" de John Lennon pode ser o mesmo Deus de Paulo, o apóstolo. Imagine.
Mas ser cristão, na essência, é ser dominado por fortes convicções e ir até a ultimas consequências. Vejo isso nas fortes declarações: "mas eu sei que o meu redentor vive" (Jó), "sei em quem tenho crido" (Paulo), "o Senhor é o meu pastor e nada me faltará" (Davi). No entanto, soa como crime inafiançável afirmar que você acredita que seu nome está escrito no Livro da Vida. No mínimo vão te dizer que você é arrogante, presunçoso ou, quanto muito, fanático. Se você der seu testemunho (se é que possui um) e o fizer de modo correto (biblicamente correto) ou será perseguido ou desprezado. É proibido decidir na era da indecisão. 
Mas "se você é de Deus ouve as palavras de Deus" (João 8:47), e vai fundamentar a sua fé sobre a rocha das convicções e não na areia da religiosidade amorfa da pós-modernidade. Receberão o que Deus tem para dar nessa vida e na que há de vir, apenas e tão somente, os que poissurem convicções, pois "sem fé é impossível agradar a Deus" e "a fé é a certeza de coisas que se esperam e a convicção ( do originaal ελεγχος "elegchos" - verificação, pela qual algo é provado ou testado, convicção) de fatos que não se vêem" (Hb 11:1 e 6).
Se creres, verás a glória de Deus. 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ôba! Ganhei uma bronca!

      "Sono brave persone, ma non li provate corrigi", ou seja, "são boa gente mas não tente corrigi-los".  
     O homem tem se achado a medida correta para si próprio. Não admite estar errado. Não admite estar aquém da verdade. Não admite ser ensinado. O tempo passa e parece que a arrogância vai se encrudecendo e petrificando. São "buona gente", desde que você não tente corrigí-los.
     Pessoalmente, acredito que a maior parte de meu crescimento se deve ao auxílio de outros que me corrigiram, a começar de meus pais. Admito que sem as "belas palmadas" de minha mãe, não estaria vivo hoje. Agradeço cada "sermão" que meu pai "pregou" para mim, ainda que, o tenha feito, por muitas vezes, completamente alcoolizado. A autoridade paternal sobre minha vida aparou terríveis arestas no meu caráter.
     Se você é boa gente e deseja crescer, aprenda a ouvir e dar ouvidos. Se há pessoas que exercem alguma função sobre sua vida, quer profissionalmente ou familiarmente (até espiritualmente) e não puderem apontar falhas em você, cuidado: as pessoas pioram com o passar dos anos. Como dizia o dramaturgo Nelson Rodrigues, "as pessoas apodrecem com o tempo, familias inteiras apodrecem". "Quem acolhe a disciplina mostra o caminho da vida, mas quem ignora a repreensão desencaminha outros" (Provérbios 10:17).
     Reconhecer a necessidade de ser corrigido é um aprendizado que talvez dure uma vida inteira, mas com certeza seus frutos serão abundantes e abençorão muita gente.
   "Melhor é um jovem pobre e sábio, do que um rei... que não mais aceita repreensão" (Eclesiastes 4:13). 

     

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Utopia de um "evangélico" revoltado.


   Enojado com toda essa pompa e glamour criados em torno do nome de Deus, gostaria de compartilhar  minha revolta com respeito ao "culto show" em que se transformou o que a gente costuma chamar de "igreja evangélica".

Será que para realizar a obra de Deus precisamos de um palco para depositar músicos que tocam e fazem performances para uma platéia eletrizada erguer mãos, aplaudir e se emocionar?  Será que precisamos de luzes, cores, adornos e profissionais de mídia para servir ao Senhor? Será que um orador treinado, afiado no vernáculo e hábil em citações da literatura brasileira faz tanta falta assim em nossos púlpitos? Será que precisamos de CDs, DVDs e uma série de aparatos comerciais para divulgar nossa fé? Será que precisamos de Bíblia da Mulher, do Homem, do Adolescente,  da Vovó, do Bebê, etc.etc... para conhecermos mais e melhor à Deus? Será que precisamos realmente de prédios caros e aparelhados e climatizados para ministrar as reais necessidades das pessoas? Se um dos apóstolos retornasse a Terra e entrasse em uma de nossas igrejas no "ápice" do que vulgarmente chamamos de "adoração", o que diria? O que faria? 
Tenho pensado muito sobre a "essência", o que seria, nos dizeres de Leonard Boff *, "o mínimo do mínimo" para que um ajuntamento pudesse ser considerado Igreja. Disse Jesus: "onde houverem dois ou mais reunidos em meu nome, ali estou eu, no meio deles". Cristo basta. E para uma "igreja" onde há tanto pecado, tanta vaidade, tanta competição, tanta inveja, hipocrisia, exibicionismo, materialismo, fanatismo e misticismo, falta Cristo. Falta a essência. Falta tudo.
Talvez nem uma nova Reforma bastaria. O que a igreja evangélica talvez esteja precisando é de uma ressurreição.

*Teólogo brasileiro, escritor e professor universitário, expoente da Teologia da Libertação no Brasil. Foi membro da Ordem dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos. É respeitado pela sua história de defesa pelas causas sociais e atualmente debate também questões ambientais. Fonte Wickipédia.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Aprenda a viver em paz.

     Paz não é um sentimento "zen". É um aprendizado. Não está relacionada ao temperamento ou personalidade,  mas ao caráter. É fato que, uma vez gerado um conflito, a conciliação é uma necessidade. Mas quando ela não ocorre, a prática da paz pode ser unilateral. Afinal, "quando um não quer, dois não brigam".
     Paz na família é possível, desde que os relacionamentos sejam prioridade. Infelizmente quando mais tecnologia temos em casa, mas afastados e isolados estamos. A imagem da "nona" colocando os quitutes sobre a mesa rodeada de parentes famintos ficou pra história. Hoje, com o microondas e os produtos congelados, cada um "se vira" e em horários diferentes. As conversas ao redor da mesa, ou na sala de estar, são raridade. Os smartfones e tablets mantém todos conectados e ao mesmo tempo silenciados num mesmo endereço.
     Paz nos círculos de relacionamento é possível, desde que respeitemos os limites impostos por cada um. Respeito é  uma atitude em falta hoje em dia. Consideração à idade, experiência e até conhecimento adquirido é necessário para se viver em paz. Creio que  nos relacionamentos interpessoais, o que mais deveríamos cultivar é a admiração. Quando um ambiente de conflito começar a se delinear, bom é que cada um saiba quem é e fique no "seu quadrado", ouvindo mais e falando menos, a fim de pautar a conversação nos alicerces da bondade e longanimidade.
     A paz social depende do entendimento de que somos diferentes, e admitir essas diferenças é fundamental. Muitas vezes vemos nas diferenças, ameaças. Diferenças de raça, religião, posição social ou nível de escolaridade não devem constituir barreiras para o desenvolvimento de uma boa amizade. Se nas diferenças pudermos "permutar" idéias e ideais, prevaleceremos contra a violência e promoveremos uma paz verdadeira.
     Finalmente, não poderia deixar de falar sobre o Príncipe da Paz: JESUS. O judeu que veio trazer um tipo de paz até então desconhecida: a paz com Deus (Romanos 5:1). Ser um pacificador, em primeiro lugar, é estar em aliança com Deus, por meio de Cristo (S.João 14:6), por meio de arrependimento de pecados e fé. Assim sendo, a paz fluirá com um rio e abençoará lares, gerações inteiras e muitas  nações.
     Mais do que um sentimento de tranquilidade e harmonia, paz  é algo que deve ser aprendido. Pratique a paz!

Aprenda a lidar com as ofensas.

      Receber uma ofensa não é o fim do mundo (estamos em 2015!). Já fui ofendido o bastante para estar sepultado pela avalanche de lama e detritos que me lançaram. Mas sobrevivi. Com o tempo percebi que viver é sofrer impactos. Precisamos entender que, em nossa imperfeição, ocasionalmente,  atrairemos a ira das pessoas. Desista de tentar agradar todo mundo. Ninguém até hoje passou incólume diante de críticas ácidas, calúnias e difamações.
     Em segundo lugar, é importante entender que a filosofia das ofensas é neutralizar nossa simplicidade e pureza. Estar sob ofensa é estar sendo chamado pra briga, não com o propósito da contenda em si, mas de macular nosso caráter. Integro é aquele que desenvolve o equilíbrio necessário para não ceder a provocação e continuar sendo quem sempre foi.
     Por último, lembre-se que revidar uma ofensa pode até fazer bem ao ego (momentaneamente) mas irá provocar um ciclo de réplica e tréplica, drenando nossas energias e promovendo uma imagem distorcida de quem somos ou desejamos ser. Aliás, estamos sendo filmados a todo instante e pessoas que eram excelentes amigos e companheiros de jornada, contemplando nossa explosão de revanche, perderão mais uma referência de vida. Não que precisamos ser "múmias paraliticas" para manter as aparências. Pelo contrário. Expressar sentimentos é saudável. Mas mais saudável ainda é lembrar as palavras bíblicas: "Quando vocês ficarem irados, não pequem". Apazigüem a sua ira antes que o sol se ponha, e não dêem lugar ao diabo (Efésios 4:26.27).
     E não se esqueça: A beleza do Planeta Terra se deve à mão criadora de Deus e também a fúria dos impactos de imensos asteroides que desabaram por aqui. Da mesma forma, seu caráter será cada vez mais lindo se a mão de Deus agir em seu interior e você entender que os impactos das ofensas estão aí para te tornar cada dia melhor.
     Beijos.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Amigo de Deus? Ah...conta outra.

     Cresce na literatura religiosa a ideia de que podemos e devemos ser "amigos de Deus". Fico a pensar o que de fato esta ideia representa para a maioria das pessoas que consome tal literatura. Seria, digamos...chamar Deus de você? Convidá-lo para jantar? Jogar cartas com a Divindade? Fala-se muito sobre Deus, mas pouco se sabe sobre sua Pessoa. Isso por que as religiões divergem em seus conceitos e dogmas, a história da igreja está manchada com escândalos escabrosos e muitas interrogações ainda estão para serem equacionadas e resolvidas. Mas em meio a tais confusões, acredito que posso sugerir o que seria esta tal "amizade com Deus".
     Primeiramente, parece que não depende de mim. Não basta eu querer ser amigo dEle. Do pouco que conheço das Escrituras, parece que o Livro Santo revela um Deus que decide, do céu, quem serão seus amigos. Jesus Deixou isso claro ao dizer  "já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido.  Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome" (S. João 15:15,16). Além disso, deixa claro: "Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno" (S.João 15:14).
     Em segundo lugar, esta amizade não sugere fanfarrice ou "bisbilhotagem". Abraão, aquele que é chamado de "o pai da fé", também é chamado nas Escrituras de "amigo de Deus", e ao que parece, chegou ao ponto de sacrificar seu próprio filho por amor e fidelidade à Deus. E o que dizer de Enoque, que "andou com Deus e não foi mais encontrado na Terra porquanto Deus o levou para si (?)" conforme Gênesis 5:24.
É como disse um certo amigo meu: os cristãos não tem medo de morrer, mas também não tem pressa.
     Finalmente, acredito que a dita amizade com Deus tem lá seu lado informal. Paulo (alguém duvida da sua amizade com o "Cara" lá em cima?) foi dar um passeio no terceiro andar do  céu e voltou, sem condições de narrar o que viu (2a. Co 12:2). Vejo que Deus leva mesmo essa amizade a sério!      
     Mas...brincadeiras à parte, deixei de ver Deus como um "Cara" distante, idoso, estressado e pronto a punir os mais minúsculos pecados, para entendê-lo com alguém que busca relacionamento, preservando seu caráter Santo, Integro e Amoroso. Ele não entra na minha. Eu é que devo me alinhar à dEle, considerá-lo Sábio, Perfeito e Misericordioso, para então ir me amoldando à sua imagem. Afinal de contas, correto é o ditado: "diga-me com que andas, e te direi quem és". 
sergiomarcos59@hotmail.com

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Luxúria - Davi, pós moderno.



Principal empresário de sua região, Davi reuniu seu staff na empresa e comunicou  a necessidade de um afastamento de 50 dias, para aliviar o stress. Recomendação médica (?). Concedido, foi para casa e iniciou um tempo de ociosidade planejada e “merecida”, afinal, o mundo dos negócios virou uma verdadeira "guerra".
Facebook
Após alguns dias, sentou-se a frente de seu note-book e ficou zapeando. Religioso que era, limitou-se a permanecer em sites de conteúdo ligth, mas acabou no facebook onde encontrou (imagine) uma moça que havia encontrado certa vez  nos corredores da empresa. A foto do perfil mostrava o rosto quase perfeito da “princesa” e Davi foi direto aos álbuns de fotos. Depois de mais de uma hora, ouviu um barulho vindo do hall de entrada e desligou rapidamente o aparelho.  Seria sua esposa? Ufa! Apenas um susto. Voltou para o seu quarto e continuou a navegação.

Adrenalina.
Depois de degustar as mais variadas fotos , 127 ao todo, voltou ao perfil daquela “deusa” e descobriu que era esposa de um de seus gerentes. E agora? Ele precisava manifestar o interesse que lhe fora despertado, mas de modo sutil. Escolheu as fotos mais, digamos... comportadas, e clicou em “curtir”. Dai em diante passou a frequentar a página da moça várias vezes por... DIA !!! 
Numa noite fria, já passava das 00h30, Davi percebeu no ícone de "mensagem" um recado. Sua adrenalina foi a mil e quase não conseguiu clicar, pois tremia de ansiedade. Na caixinha de diálogo havia apenas uma minúscula palavra mas de um conteúdo intensamente sensual: “- Oi”.

Curtindo adoidado.
Trêmulo, levantou-se, foi a cozinha, abriu a geladeira, pegou uma garrafa de vinho branco e tomou um copo inteiro...andou pra lá e pra cá... voltou à frente de seu note book e respondeu com outro delicado “oi”. O que se seguiu  foram dias e dias trocando mensagens, curtindo e trocando fotos  até que ela mencionou o fato de seu esposo haver sido enviado para Singapura à negócios. 
Davi "pirou". Voltou a geladeira, tomou outro copo  de vinho (aliás, dois)... suas pernas tremiam... foi ao notebook e desligou-o rapidamente. Tentou dormir e não conseguiu. Ficou três dias longe do computador, mas não resistiu.  Voltou numa noite de sexta, viu no aplicativo de localização que ela havia saído de casa dirigindo-se a um shopping e enviou uma mensagem de texto ao seu celular: “ – onde vc está?” A resposta demorou insuportáveis 3 minutos e então veio o retorno: ”estou em frente à sorveteria”. Foi assim que Davi saciou sua luxúria.

E agora?
Semanas depois a situação ficou tenebrosa: “estou gra...” apareceu em seu celular  num jantar de família. No "vibra", é lógico. Levantou-se discretamente e foi até a varanda de seu apartamento. Uma cobertura num bairro nobre. Sua cabeça girava...o que fazer? “- Chutar o balde e assumir o que fiz...”, pensou.  Duro era ter que lidar com o marido quando retornasse...mas... “- espera aí”...pensou. “- Sou o presidente da empresa e posso fazer com que algumas coisas aconteçam sem chamar a atenção”.  

Mexendo os “pauzinhos”
Retornou imediatamente ao trabalho, reuniu a diretoria e sugeriu enfaticamente que postergassem o retorno do gerente em Singapura. “- Impossível”, disse um dos diretores. “- Ele já está em Miami, pronto para embarcar para o Brasil”. Davi pensou rápido: “-Vocês precisam conhecer melhor esse cara”, e passou a fazer algumas calúnias até que resolveram dar-lhe 15 dias de férias. Davi pensou: “Isso! Quem sabe agora ele volta para casa e a situação fica encoberta”. Mas o fulano retornou doente, foi internado sem ter qualquer contato com a esposa. Davi desesperou-se e fez uma loucura. Arrumou um jeito de demiti-lo. Algo difícil, pois ele havia ganhado três prêmios de Gerente Eficaz, tinha reputação de bom chefe de família e era o sobrinho preferido de um dos diretores.

Para encurtar a história.
Sua autoridade de presidente prevaleceu, no entanto a vida lhe reservaria alguns revezes.  O gerente entrou em depressão e veio a sofrer um enfarto. A criança nasceu morta. O caso ganhou ampla repercussão e sua reputação foi manchada. Seus filhos viveram o resto da vida às turras, dois vieram a falecer de modo trágico e sua aventura sexual lhe redeu perdas e danos irreparáveis. Arrependido, após receber “uma dura” de um de seus melhores amigos, encontrou o perdão de Deus, mas arcou com amargas consequências de seus atos pelo resto de sua vida.
Moral da história: procure ser a pessoa certa, no lugar certo, fazendo a coisa certa, caso contrário, as consequências serão implacáveis.
"O salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito que Deus dá é vida eterna. O que o homem semear isso colherá. Que semear segundo os desejos da natureza humana, colherá perturbação, mas o que semear de acordo com o Espírito Santo. há de colher a eternidade. Há caminhos que a nós parece certo, mas no final, acamba dando em morte" ( Rm 6:23 - Gl 6:8 - Pv 14:12 - Bíblia).

(ADAPTADO - Encontre a versão original desta história na Bíblia em 2ª Samuel 11,12)

sergiomarcos59@hotmail.com

OBS: O Deus cristão é misericordioso e perdoador, mas a sociedade em que vivemos, não. A história do Davi bíblico é um espectro registrada no história que já se repetiu em maior ou menor grau ao longo da saga humana. Bem faremos se atentarmos para esse testemunho silencioso e jamais trocarmos momentos de prazer por uma reputação que nos fará bem ao longo de toda nossa existência.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Eleições municipais: como fazer uma campanha limpa.


Em primeiro lugar o candidato tem que ser limpo. Um “ficha suja” não faz campanha limpa. Que limpe primeiro seu nome, refaça sua reputação, e só então se candidate. Isso pode levar alguns anos. E daí? Estamos fartos de gente que aparece durante a campanha eleitoral com carinha de santo. Será que é por isso que chamam os panfletos eleitorais de “santinho”?

Em segundo lugar, uma campanha limpa se faz com dinheiro limpo. Não lavado, é claro. Limpo de verdade. De fonte limpa. Geralmente não se sabe se o “cacife” do candidato é digno ou “bombado”. Infelizmente só vamos ficar sabendo depois. Mas o quanto pudermos suspeitar (onde há fumaça há fogo), sejamos espertos. Simples como as pombas, mas prudentes como as serpentes.

Campanha limpa se faz com propostas concretas, exeqüíveis, mensuráveis e não absurdas. Os candidatos  prometem o que eu povo quer e fazem de tudo para serem eleitos. Depois vem com aquela desculpinha fajuta: “ – tive que refazer os planos, pois me passaram informações equivocadas... não depende apenas de mim... infelizmente teremos que esperar mais um pouco” ...e por aí vai.

Campanha limpa se faz com simplicidade, contato pessoal (não fingido) e um discurso moderado, prudente. Cuidado com candidatos que “compram” seu voto. Alguns são tão hábeis em fazer isso que você se vende sem perceber que sua dignidade de cidadão foi vilipendiada.

Finalmente, campanha limpa não se faz jogando lama nos adversários. Fico enojado com quem faz isso. A baixaria nas eleições é aviltante. 
“- Ele não presta porque matou passarinho na infância”, “não votem nele por que fumou maconha quando fazia o Tiro de Guerra”, e por aí vai. 
Meu Deus. Construa uma campanha baseada no que você tem a oferecer e não nos podres que seus adversários tentam esconder. Todos temos janela de vidro e eleitor que se presa, não entra nessa. Um candidato que “mete o pau” nos concorrentes é porque não tem muito a dizer a seu próprio favor.

            Acompanhe a campanha dos candidatos com atenção e use a arma do voto para o bem de nosso povo e nossa cidade.

Sergiomarcos59@hotmail.com

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Igrejas "on-line". Nada contra, mas...

Taí uma coisa que deu certo: igrejas "on-line". 
O "incuravelmente religioso" ser humano não poderia ficar sem essa, afinal, a internet é uma bênção ou não é?

     Não discutirei a validade e a intenção dos ditos "cultos on-line", mas receio que estejamos diante de algo que poderá afetar o cerne do cristianismo bíblico.

     Vejo muita vantagem em usar a internet para propagar valores cristãos, no entanto suspeito que alguns poderão se auto enganar com a ideia de que o culto (ou igreja) "on-line" é uma alternativa viável e confiável para o desenvolvimento espiritual.

    O mundo virtual é  cativante e nos mantém numa distância confortável de tudo que seja comprometedor. É como se adquiríssemos uma outra identidade, uma passaporte para transitar livremente curtindo o melhor dos relacionamentos sem aquela parte amarga de ter que se desculpar, pedir perdão, perdoar e conviver com certas  "caras e bocas".

     Na igreja virtual curto a mensagem, os louvores e ao mesmo tempo consulto meu facebook, checo e-mails, entre um e outro "aleluia". Se o sermão estiver chato, abaixo o volume e vejo alguma loja virtual ou me distraio conferindo as notícias do momento.

     Se você é adepto da igreja on-line e acha que estou exagerando, não perde por esperar. Mais cedo ou mais tarde vai perceber que eu tinha razão.
     Não abro mão do culto em uma igreja local por várias razões. Primeiramente porque não sou um homem virtual, sou real, nasci de uma placenta real, fui amamentado em seios reais e dormi num berço de madeira de verdade. 
     Em segundo lugar porque anseio toque, abraço, o encantamento de um aperto de mão. Sinto-me bem ao perceber que o pregador me nota  no recinto, dirigindo-se a mim por me conhecer pelo nome - ou seja: anseio por uma vida de pessoalidade.

     Igrejas on-line, em meu ponto de vista, não servem nem para quem está hospitalizado ou enfermo. O que estas pessoas precisam é de uma visita de uma pessoal real, que lhe chame pelo nome e chore com ela a sua dor, a sua perda, a sua carência. 
     Em suma: igrejas virtuais ou "on-line" são ótimas para divulgar uma marca, para dar aos seus protagonistas a sensação de que estão "no ar" e compartilhar com outras igrejas virtuais sua bela performance. Suspeito que haja algum valor em se ter um culto on-line, mas ainda não fui convencido de sua real necessidade.
     Nada contra...mas...

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Gênesis.

     A existência da matéria começou nEle. O primeiro "materialista" foi o Criador da matéria  . 
     O caos existente no planeta começou a ser organizado por Ele. Luz para um lado, escuridão para o outro. Águas para um lado, porção seca para o outro. Flora e fauna se espalharam pelo planeta em ordem, por suas espécies, em total harmonia. Tudo isso começou nEle.
     O ser humano começou com um ato Seu, transformando a matéria (no caso o barro), formando homem e mulher. Organismos complexos dotados de capacidades mais elevadas que os animais e vegetais. Isso começou nEle.


    Uma nova "gênesis".
    Mas hoje o que vemos? Desordem. Doenças físicas, mentais, sociais. O retorno do caos, da desordem, da incoerência. Algo aconteceu e somente Aquele que é a origem de tudo pode novamente dar ordem, coerência, sentido às coisas. 
     Mas quem é Ele? Onde estaria? As religiões se confundem. Se antagonizam. Erguem suas bandeiras. Arrogam-se verdadeiras. Únicas. Especiais. Tudo em nome dEle.
    Mas eis que, novamente, tudo começou nEle. Amou o mundo de modo especial. Não consultou ninguém. Não se precaveu. Não se intimidou. Agiu. Desceu. Infiltrou-se em meio ao caos. Amou. Sofreu. Morreu a morte de homem, mas vive hoje a vida de Deus.


     Nova "gênesis" para você.
     E a sua vida? Como está? Um caos? Não há ordem? Não há norte? Não há  onde se apegar? Onde se abrigar? Onde obter refúgio, proteção? Tudo começou em Deus! Tudo ainda começa nEle! Venha a Ele. Venha de verdade. Não pela metade. Não com receios. Não para ser um religioso, mas filho. Perdoado. Lavado. Aceito e reconciliado. Vem agora. Vem para sempre.
    Fale com Ele: "Eu não te entendo. Eu não consigo acreditar direito. Mas eu preciso. Eu necessito desesperadamente que Você faça algo por mim. Nem sei ao certo de que preciso exatamente, mas preciso de uma ação concreta Sua, hoje, agora mesmo. Preciso de perdão. De proteção. De mudança de mente e coração. Ajuda minha falta de fé. Que assim seja".
sergiomarcos59@hotmail.com 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Como lidar com o absurdo?

Existem certas coisas que simplesmente não vamos entender. Absurdos que jamais deveriam ter acontecido. Desgraçadamente estão registrados em nossa lembrança, lugar de onde jamais sairão. Como lidar com eles?
Primeiramente, não abrigue esse tipo de questionamento: " - por que foi acontecer justamente comigo?" 
Esse tipo de indagação é incoerente, porque eu e você vivemos num mundo caótico, onde o pneu do meu carro é de borracha exatamente como o seu. Ambos estamos sujeitos ao câncer da mesma forma que estamos à gripe. As tragédias abatem-se sobre ricos e pobres, cultos e iletrados, bons e maus. Estamos na mesma "espaçonave Terra", e o terremoto que derruba a sua casa, derruba a minha também. Não há lógica nos desastres.
Em segundo lugar, desista de encontrar culpados. Os absurdos são absurdos exatamente porque sua causa é estranhamente desconhecida. A gente arrisca um palpite aqui, se atreve a uma opinião ali, mas ninguém atinge a raiz. Ninguém encontra uma resposta que satisfaça.  A gente se debate num mar de conjecturas e probabilidade e acaba morrendo na praia. É perda de tempo.
Finalmente, não caia na besteira de culpar Deus. Afinal, se há culpados pela existência de absurdos, esse culpado é a criatura, não o Criador. Tudo que Deus fez (e faz) é perfeito. Os absurdos acontecem quando o ser humano intervém. Aliás repare bem nos absurdos que a vida nos reserva: há sempre o "dedo do homem", a falha humana, mecânica, arquitetônica, elétrica, etc. Coisas  que o próprio homem cria, com a sua marca registrada: a imperfeição. 
Aconteceu em sua vida um grande absurdo? Contraiu uma doença grave? Perdeu um ente querido num desastre? Seu cônjuge o abandonou? Foi traído(a)? Sua firma faliu? Sofreu um injustiça da parte de quem você tanto confiava?
O absurdo tem uma meta: provocação. Você está sendo provocado a reagir de modo que piore a situação. Lembre-se: o absurdo é proveniente do caos. Não se reage ao caos. Não tente entender. Procure o silêncio, estar com gente séria, que sentirá a dor com você. Recolha-se. Deus quer falar com você. Fé é para essas horas.
"Ninguém é capaz de entender o que se faz debaixo do sol. Por mais que se esforce para descobrir o sentido das coisas, o homem não o encontrará. O sábio pode até afirmar que entende, mas, na realidade não o consegue encontrar"(*).
Grande verdade! Apegue a ela e não tente decifrar os acontecimentos.
Permita-me dizer que, seguindo uma grande perda, geralmente há uma grande vitória. Se você tiver paciência e fé em Deus, dias melhores virão.
"Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade" (***).
Deus coloca ordem no caos de nossa vida, reordena nosso pensamentos, perdoa nosso erros, e por meio de seu Filho Jesus, por instrumentalidade do Espírito Santo, nos guia pela mão, para um tempo de ressurreição, um tempo de entendimento de sua vontade específica para cada um de nós.
Não se esqueça: ninguém nasce em lata de lixo e muito menos com estrela na testa. As oportunidades bem como os desastres, são consequências naturais da vida. Não desista. Saber reagir diante dos absurdos, é o segredo de uma vida bem sucedida.
(*) Ec 8:17.
(**) Ec 11:8
(***) Sl 46:1
sergiomarcos59@hotmail.com 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Vocação Política.


Ao candidatar-se a um cargo público, o cidadão deveria questionar-se sobre sua vocação política.  Muitos não tem a menor noção do que seja a vida pública. Foram içados aos cargos  por carisma, simpatia e participação na sociedade, no entanto desconhecem por completo o que se espera de um político nesta fase em que se encontra o nosso país.

Meu Brasil brasileiro.
O Brasil passa por uma estabilidade econômica, mas essa prosperidade deveria atingir todos os seguimentos da sociedade, o que lamentavelmente não acontece. Motivo? Corrupção.
            Precisamos de políticos vocacionados, o que não significa gente com gosto pela política. Posso gostar de cantar e ser um péssimo cantor. Da mesma forma é preciso, primeiro, saber se tenho vocação para a vida pública, se estou preparado para a fase que o país atravessa.

            O que é vocação?
            É um dom natural. Algo que faz com que a pessoa não se veja em nenhum outro lugar senão naquele pela qual acredita haver nascido. É um “chamado”? Penso que é. Acompanhando essa estranha “sensação”, vem uma certa habilidade inata, uma facilidade em ver, entender e fazer as coisas. Isso é vocação. As pessoas percebem que fazemos com interesse genuíno, admiram nossa forma de fazer as coisas e acabam sendo influenciadas a nos acompanhar em cada empreitada. É talento. É dom.

            Mais que talento.
            Vocação política requer exige mais que talento. Requer caráter, integridade e espírito de sacrifício. Não basta ser honesto. Precisa ter ódio pela corrupção. Sem isso, vai ser engolfado pela correnteza de safadeza e desonestidade e se tornará mais um bandido de colarinho branco. O verdadeiro político representa o povo: suas necessidades, sonhos e anseios. Ser eleito com o voto público e se valer dos impostos pagos pelo público que o elegeu é ser calhorda,  um marginal mentiroso e mesquinho.

            Nossas cidades.
       Nossas cidades precisam de políticos que tenham vocação, desprendidos de interesses egoístas, que se dedicados a promover a cidade, em todos os sentidos. Um executivo que sejam amparado pelo legislativo e vice versa. Há quem pense ser isso uma utopia, mas acredito que pode haver harmonia entre os poderes. Pode haver boa vontade. Pode haver corporativismo. Tudo depende de uma coisa só: vocação política. O  vocacionado vai além dos interesses do partido, é personalista e busca, acima de tudo, o bem da “polis”, levando a risca a máxima que diz: do povo, pelo povo e para o povo.

sergiomarcos59@hotmail.com 

                                                                                                       

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Para nossa alegria "uma ova" ( ! )

Não aguento mais ouvir essa frase. Cara, já deu! Chega. E não me refiro a repetição, ao número de programinhas de auditório que a dupla já visitou; aos posts no Face e várias outras redes sociais; as milhares de imitações postadas no you-tube, mas ao achincalhe que se faz do nome de Deus.  Será que os caras não sabem que há uma maldição na Bíblia contra os que fazem isso? "Não use o meu nome sem o respeito que ele merece; pois eu sou o SENHOR, o Deus de vocês, e castigo aqueles que desrespeitam o meu nome" (Ex 20:7). 

Pare de repetir essa frase. Pare de compartilhar este post. As catástrofes e desastres acontecem e a gente fica com cara de m..... e xinga Deus: "por que o Senhor não fez nada para impedir".  Será que não aprendemos com o departamento de marketing do Titanic com sua pérola: "nem Deus afunda" (?). Será que não aprendemos com John Lennon e sua famosa frase: "somos mais famosos que Jesus Cristo" (?). Usar o nome de Deus em brincadeiras sem graça, é usar seu nome em vão, e "o Senhor não tem por inocente o que tomar seu nome em vão" (Ex 20:7 ARC).

Use o nome do Billy Graham, Chico Xavier, Ganhi,  Danilo Gentile, mas pare de usar o nome "acima de todo nome", "o nome que é maravilhoso". Aliás, a música em questão, cantada pelos "irmãos para nossa alegria", é uma música que já cantei em lágrimas, como cântico espiritual que é,  e que lamentavelmente não pode mais ser cantada em reuniões cristãs, pois associou-se indelevelmente ao deboche.

Tudo agora: a doença do chefe, a derrota do time rival, o aumento de salário é "para nossa alegria"????? 

 Se você insistir em cantar esse cântico espiritual com deboche, não reze mais o Pai Nosso, pois será um hipócrita desgraçado ao dizer: "santificado seja o vosso nome". 

Que Deus, em sua infinita misericórdia, nos guarde das terríveis consequencias de tomar seu nome em vão.

Para "nossa" alegria, uma ova! 


Livro CIDADE VIVA foi lançado em Santa Rita.

No ultimo dia 04 de Março, no Anfiteatro do Centro Cultural Mário Covas foi realizado o lançamento oficial do livro CIDADE VIVA de autoria d...