quarta-feira, 15 de julho de 2015

A igreja falsa: não caia nessa.


Igrejas ditas “evangélicas” dominam a mídia transformando-se num movimento comercial com maquiagem espiritual, celebrando um casamento maldito entre a fé e o capitalismo.  Há uma diferença visceral entre o cristianismo bíblico e esta paródia sem graça na TV brasileira. Definirei aqui como: cristianismo bíblico (fundamentado na teologia protestante, reformada e tradicional) e  movimento pseudo cristão (igrejas “eletrônicas” ou “digitais”).


Cristianismo Bíblico
Cristianismo falso
1.
O pastor ou líder é um homem do povo.
O pastor ou líder é um artista destacado com estrondoso poder de comunicação midiática.
2.
Os fieis formam uma comunidade, uma grande família.
O fiéis são simples plateia, na maioria dos casos, nem se conhecem. Encontram-se na multidão ou participam à distância, em casa, pela TV, rádio ou internet.
3.
Dízimos e ofertas são voluntários, expressão singela de seu amor à Deus e a sua igreja. Pastores e líderes tem vida modesta.
Dízimos e ofertas funcionam como chave para destrancar os “tesouros” de Deus em benefício dos fiéis, em prol do seu enriquecimento. Geralmente os líderes destes movimentos vivem nababescamente.
4.
A pobreza e a doença são resultado do estado da natureza humana decaída, que se encontra distante do original criado por Deus.
Pobreza e doença são obras do diabo e precisam ser exorcizadas.
5.
Jesus tem todo poder para curar, mas o faz segundo sua soberana vontade, com quem e quando quiser.
O poder de Deus para curar pode ser manipulado pelo pastor ou líder ou até mesmo pelos fiéis desde que se pronuncie certas palavras e frases de efeito.
6.
A Bíblia Sagrada é autoridade máxima em questões de fé e prática.
O líder fundador, bispo, apóstolo (ou pastor) é a autoridade máxima
7.
A igreja é dirigida por uma junta ou conselho formado por pessoas idôneas eleitas pela própria comunidade.
Não existe “rol de membros” e os dirigentes são escolhidos pelo próprio líder, “de cima para baixo”.
8.
Toda a Bíblia é ensinada e pregada, com ênfase no Novo Testamento
Afirma crer em toda a Bíblia mas concentra-se quase que totalmente no Antigo Testamento.
10.
Reconhece a irmandade cristã em outras comunidades e denominações cristãs evangélicas.
Não reconhece irmandade cristã em nenhuma outra instituição evangélica.
11.
Cristo é central e seu nome é pregado e exaltado em todas as reuniões e eventos.
O nome ou marca da instituição é central e anunciada em todas as reuniões e eventos.
12.
Sua mensagem é de arrependimento e fé em Cristo para a salvação.
Sua mensagem é de adesão à instituição para receber benefícios espirituais, principalmente prosperidade material.
13.
É a favor da família composta de pai, mãe e filhos como base para a saúde psicológica das crianças, mas condena toda forma de preconceito.
Pensa da mesma forma com respeito à família, mas age com preconceito militante contra o movimento GLTBS.
14.
Incentiva a formação acadêmica, inclusive mestrado e doutorado, pesquisa e desenvolvimento intelectual.
Desencoraja o desenvolvimento intelectual considerando-o antagônico a simplicidade da fé.

            Existem outras diferenças, mas acredito que estas sejam as mais importantes para destacar que há um “racha” no cristianismo não católico. O IBGE dá uma cifra percentual alta para o número de evangélicos no Brasil, mas sem diferenciá-los.
            Faço aqui, não para confundir ou julgar mas esclarecer aqueles que, olhando de fora, pensam ser todos a mesma coisa.
            Sugiro a você, que ficou curioso, que leia CRISTIANISMO PURO E SIMPLES de C.S. Louis e a Bíblia Sagrada, disponível gratuitamente para download para celular ou tablets.

Sérgio Marcos


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