sábado, 21 de novembro de 2015

De Paris à Mariana - O que há em comum?




Em dois continentes, tragédias diferentes com algo semelhante. Terroristas islâmicos querendo “endireitar” a pecaminosa Paris com um mar de sangue e políticos brasileiros querendo “endireitar” a distribuição de renda com paternalismo político e corrupção, sendo o desastre da Mariana uma figura (ou parábola) nada engraçada da desgraça promovida pelo governo Dilma.

O Rio Doce amarga com os detritos da mineração enquanto a sociedade brasileira amarga com a inflação e o desgoverno.

Paris amarga com a tragédia covarde de um grupo religioso que não sabe o significado da palavra religião. Amargor que, na boca da comunidade islâmica espalhada pelo mundo, consegue ser ainda mais amargo.



Paris.

Quanto mais assisto na TV as reportagens sobre estas tragédias, mas admiro Jesus de Nazaré. Quando extremistas religiosos levaram uma pecadora à Cristo, usaram a Torá para condená-la a morte, exatamente como o Alcorão é usado como pretexto para a violência.  Sem ignorar o pecado da mulher, Jesus atinge a consciência de seus acusadores com a célebre frase: “quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra”.

Quem é o Estado Islâmico para julgar Paris como cidade do pecado e do vício? Mesmo que seja, quem é o E.I. para condená-la e sentencia-la à morte e ao medo?

Jesus não inocenta a mulher, mas não a condena. Após a retirada dos fariseus legalistas, acusados pela sua própria consciência, diz Jesus: “vai e não peques mais”.

Não olhe para Cristo como um líder religioso. Ele não é. Não há fanatismo em Jesus. Não há moralismo inconsequente. Ele não estende o dedo, nem para a mulher flagrada em adultério, nem para os hipócritas religiosos que a acusaram. Ele evoca a consciência de cada um. Ele age sem parcialidade. Ele age com cuidado, com amor, com perfeição de Deus. Pois é O Filho de Deus.



Mariana – MG

O que chocou o Brasil não foi apenas a morte de um rio de 880 km de extensão, mas a incompetência de uma megaempresa, a incompetência dos órgãos fiscalizadores do governo e o descaso que a mídia deu para a  tragédia mineira em relação aos atentados em Paris.

Segundo especialistas, serão necessários muitos anos para que o Rio Doce volte ao seu normal, e isso com emprego de técnicas sofisticadas de despoluição.




Onde vamos parar?

Os ambientalistas concordam unânimes que o planeta está em convulsão.

Quanto mais assisto na TV tragédias ambientais, mais reconheço a sabedoria profética de Jesus de Nazaré que previu: “haverá sinais no céu e na terra”. De fato “ a natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. Pois ela foi submetida à futilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou (o ser humano), na esperança de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto(Rm 8:19 à 22).



Cristianismo puro e simples.

Cristianismo não é uma instituição, não é uma filosofia, não é um sistema, não pode ser comparado ou encapsulado. Cristianismo é Cristo, a pessoa de Cristo, os sentimentos de Cristo, a mente de Cristo imperando como Senhor Absoluto por meio de pessoas imperfeitas que decidem aceita-lo como Filho de Deus, Deus Encarnado, e a única esperança para a humanidade.

Clarice Linspector, em sua maneira peculiar de lidar com as palavras, definiu: “Pecado é tudo aquilo que Cristo não fez”.

Há quem não acredite e para estes, a sabedoria de Tomás de Aquino é apropriada: “Para quem tem fé, nenhuma explicação é necessária, para o que não tem, nenhuma explicação é possível”.

Tragédias são ruins, assustadoras, mas podem gerar um ambiente propício à reflexão acerca de nossa vulnerabilidade, finitude, incompetência e carência de Deus. Tragédias também costumam extrair o melhor das pessoas em solidariedade, fraternidade e amor.

De Paris à Mariana ou vice versa, pensemos na vida, pensemos no outro, no que sofre; pensemos em nossa própria desgraça, pensemos também, na graça de Deus, revelada em Jesus.





Escreva para o autor:










quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Quem transformou Jesus em Deus?


A filosofia admite a busca da verdade usando unicamente a razão, como "fiel da balança". Deus não pode tornar-se homem? Por quê?

O fato de Cristo nunca ter afirmado ser Deus, está em acordo com a teolgia judaica que jamais admitiria ouvir tal coisa da boca de um homem.  Há verdades que não precisam ser ditas. Ao perdoar pecados, curar cegos de nascença, ressuscitar mortos, acalmar tempestades e andar sobre as águas, havendo inclusive, passado por uma transfiguração durante um tempo de oração no monte, onde sua divindade claramente "vazou" por sua pele e a glória eterna resplandeceu por todo seu corpo, Jesus de Nazaré não precisou dizer mais nada: os lideres judaicos entenderam a mensagem: "Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo" ( João 10:33).

Mas para as mentes pensantes, pergunto: 
a) o que seria mais plausível - o Criador de todas as coisas e Todo Poderoso Deus, descer a condição de criatura, ou uma criatura alçar a condição de Deus como Criador?
b) o fato de não afirmar "eu sou Deus" descredencia Jesus ou reforça ainda mais sua perfeição de caráter?
c) porque Jesus não poderia ser Deus disfarçado de homem? Este "disfarce" não poderia ser um meio de fazer a fé funcionar?

Finalizando: se Jesus é apenas um homem extraordinário e o melhor espécime que a ração humana produziu, e não Deus, se eu achar que ele é Deus, estou justificado pelo meu "engano" afinal, tal confusão é possível. 
 Caso ele seja Deus encarnado, e eu o tratei como um simples mortal, que tipo de erro estarei cometendo?

Ao adorar Jesus como Deus, estou sendo manipulado por pessoas mal intencionadas que adulteraram manuscritos bíblicos para "transformá-lo numa Divindade", ou estou reconhecendo humildemente minha condição de pecador e me curvando diante do misterioso e avassalador amor de Deus?

Pense nisso.


terça-feira, 21 de julho de 2015

Cristianismo e homofobia: uma reflexão.



              
           Mahatma Ghandi (líder indú) se notabilizou com a frase: “ - admiro Cristo, não os cristãos”. Deixou claro que o cristianismo nem sempre reproduziu (ou reproduz) a vida e os ensinos de Cristo, que  não era cristão. Era judeu.  Sua morte de cruz foi injustificável, exceto por um motivo: morreu para cumprir as Escrituras  que o apontavam como o “Cordeiro de Deus”.


Paulo, fundador do cristianismo ?

                Ao contrário do que muitos afirmam, não foi o apóstolo São Paulo quem fundou o cristianismo. Discípulos de Cristo, no dia de pentecostes, presenciaram uma das mais extraordinárias conversões em massa de que se tem notícia, contabilizando três mil novos convertidos numa única pregação. Nascia então a  Igreja e o movimento chamado “cristão” que só foi assim denominado na cidade de Antioquia, pois muitos observaram nos seguidores de Jesus, disposição para o sofrimento (Atos 11:26 – Bíblia).

Paulo, ao contrário, cuidou da organização das jovens comunidades que se formaram ao redor do nome de Jesus Cristo. Definiu credos, liderança e acima de tudo, viveu, segundo suas próprias palavras “o que restava das aflições de Cristo” (Aos Colossenses 1: 24).


Como definir “cristianismo” ?

Se Cristo não era cristão e Paulo não foi o fundador do cristianismo, como defini-lo?

Não podemos definir “cristianismo” em termos absolutos, pois tanto os Cruzados da Idade das Trevas quanto as monjas de Madre Tereza de Calcutá alegavam (e alegam) pertencer a ele. Enquanto o primeiro matava cruelmente o segundo lutava (e luta) pela vida a qualquer custo. Da mesma forma não podemos afirmar que o cristianismo é homofóbico ou que ser cristão é incentivar a homofobia. Podemos sim, e com razão, afirmar que alguns que se denominam “cristãos” são homofóbicos, mas para isso precisamos também definir o termo “homofobia”.


O que é homofobia ?

                Homofobia de acordo com as mais completas definições da atualidade é aversão a homossexuais, ativos ou passivos, que pode se expressar por meio da violência, discriminação, preconceito e exclusão social. Se isso é verdade, posso afirmar que seguidores de Cristo não são homofóbicos por algumas razões:

1)      O segundo grande mandamento proferido por Cristo foi: “ame ao teu próximo como a ti mesmo”. Jesus não especificou quem seria este próximo, apenas ordenou: “ame-o, respeite-o como seu semelhante, faça com ele o que gostaria que fizessem com você”.

2)      Ao referir-se a lei judaica do “ame seu amigo e odeie seu inimigo”, Jesus disse: “ame o seu inimigo”. Se o Mestre ordena que amemos inclusive nossos inimigos, como podem alguns afirmarem que a Bíblia é homofóbica?

3)      Jesus não faz menção a homossexualidade nos registros dos evangelhos, o que não significa que ele o aprovou, mas sua vinda, segundo o Evangelho de João, foi: “não para condenar, mas para salvar”.

4)      Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a Bíblia deixa claro que o foco de Deus é a família original (o termo "tradicional" tem sido usado pejorativamente) formada de homem  e mulher, heterossexuais, como base para a saúde psico emocional das crianças. Quando entendemos que Deus é o Criador, Ele próprio tem o direito de Criação (direito autoral) de dizer o que é certo (ou não) naquilo que Ele mesmo concebeu.

5)      A comunidade de seguidores de Cristo é aberta, convidando a todos para virem e viverem a fé em Deus, sem imposição comportamental, pois acredita que mudanças que se processarem na vida de uma pessoa, ocorrerão por ação direta do Espírito Santo de Deus e não de uma adesão religiosa.


Meu círculo de amizades inclui homossexuais.

Concluo afirmando que  “cristianismo”  é um termo indefinível para a sociedade tal qual se encontra hoje, com uma postura declaradamente anti cristã.

Deus, como Criador, reserva para si o direito de dizer o que é certo e errado em sua criação original.

Movimentos GLTBS não devem referir-se aos cristãos com generalizações.  Se o fizerem, estarão agindo como alguns “cristãos” que generalizam em relação aos homossexuais.

Todo verdadeiro seguidor de Cristo não é preconceituoso ou homofóbico, pois tais sentimentos (ou atitudes) são incompatíveis com a ordem de Cristo de amar ao próximo como a si mesmo.

                 Particularmente, tenho em meu círculo de amizades homossexuais que me respeitam e contam igualmente com meu carinho e atenção.  Tenho tido a oportunidade de ouvi-los e auxiliá-los em seus dramas pessoais, que em nada diferem das demais pessoas, independente de suas expressões sexuais.


Deixe Ele falar...

                Gostaria de dar oportunidade a Jesus de concluir este artigo com suas próprias palavras:

“ Vocês  estão cansados , enfastiados de religião? Venham a mim! Andem comigo e irão recuperar a vida. Vou ensina-los a ter descanso verdadeiro. Caminhem e trabalhem comigo! Observem como eu faço! Aprendam os ritmos livres da graça! Não vou impor a vocês nada que seja pesado ou complicado demais. Sejam meus companheiros e aprenderão a viver com liberdade e leveza” - Mateus 11: 28 à 30 – Bíblia – A Mensagem – paráfrase de Eugene Petersen.



quarta-feira, 15 de julho de 2015

A igreja falsa: não caia nessa.


Igrejas ditas “evangélicas” dominam a mídia transformando-se num movimento comercial com maquiagem espiritual, celebrando um casamento maldito entre a fé e o capitalismo.  Há uma diferença visceral entre o cristianismo bíblico e esta paródia sem graça na TV brasileira. Definirei aqui como: cristianismo bíblico (fundamentado na teologia protestante, reformada e tradicional) e  movimento pseudo cristão (igrejas “eletrônicas” ou “digitais”).


Cristianismo Bíblico
Cristianismo falso
1.
O pastor ou líder é um homem do povo.
O pastor ou líder é um artista destacado com estrondoso poder de comunicação midiática.
2.
Os fieis formam uma comunidade, uma grande família.
O fiéis são simples plateia, na maioria dos casos, nem se conhecem. Encontram-se na multidão ou participam à distância, em casa, pela TV, rádio ou internet.
3.
Dízimos e ofertas são voluntários, expressão singela de seu amor à Deus e a sua igreja. Pastores e líderes tem vida modesta.
Dízimos e ofertas funcionam como chave para destrancar os “tesouros” de Deus em benefício dos fiéis, em prol do seu enriquecimento. Geralmente os líderes destes movimentos vivem nababescamente.
4.
A pobreza e a doença são resultado do estado da natureza humana decaída, que se encontra distante do original criado por Deus.
Pobreza e doença são obras do diabo e precisam ser exorcizadas.
5.
Jesus tem todo poder para curar, mas o faz segundo sua soberana vontade, com quem e quando quiser.
O poder de Deus para curar pode ser manipulado pelo pastor ou líder ou até mesmo pelos fiéis desde que se pronuncie certas palavras e frases de efeito.
6.
A Bíblia Sagrada é autoridade máxima em questões de fé e prática.
O líder fundador, bispo, apóstolo (ou pastor) é a autoridade máxima
7.
A igreja é dirigida por uma junta ou conselho formado por pessoas idôneas eleitas pela própria comunidade.
Não existe “rol de membros” e os dirigentes são escolhidos pelo próprio líder, “de cima para baixo”.
8.
Toda a Bíblia é ensinada e pregada, com ênfase no Novo Testamento
Afirma crer em toda a Bíblia mas concentra-se quase que totalmente no Antigo Testamento.
10.
Reconhece a irmandade cristã em outras comunidades e denominações cristãs evangélicas.
Não reconhece irmandade cristã em nenhuma outra instituição evangélica.
11.
Cristo é central e seu nome é pregado e exaltado em todas as reuniões e eventos.
O nome ou marca da instituição é central e anunciada em todas as reuniões e eventos.
12.
Sua mensagem é de arrependimento e fé em Cristo para a salvação.
Sua mensagem é de adesão à instituição para receber benefícios espirituais, principalmente prosperidade material.
13.
É a favor da família composta de pai, mãe e filhos como base para a saúde psicológica das crianças, mas condena toda forma de preconceito.
Pensa da mesma forma com respeito à família, mas age com preconceito militante contra o movimento GLTBS.
14.
Incentiva a formação acadêmica, inclusive mestrado e doutorado, pesquisa e desenvolvimento intelectual.
Desencoraja o desenvolvimento intelectual considerando-o antagônico a simplicidade da fé.

            Existem outras diferenças, mas acredito que estas sejam as mais importantes para destacar que há um “racha” no cristianismo não católico. O IBGE dá uma cifra percentual alta para o número de evangélicos no Brasil, mas sem diferenciá-los.
            Faço aqui, não para confundir ou julgar mas esclarecer aqueles que, olhando de fora, pensam ser todos a mesma coisa.
            Sugiro a você, que ficou curioso, que leia CRISTIANISMO PURO E SIMPLES de C.S. Louis e a Bíblia Sagrada, disponível gratuitamente para download para celular ou tablets.

Sérgio Marcos


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Fica quieto Malafaia.


     
     A briga entre Boechat e Malafaia foi típica de moleques de rua, com o agravante que ambos tem grande exposição na mídia e possuem muitos admiradores.

     Quanto ao Boechat, a pose de gentleman que ele ostenta caiu por terra quando mandou Malafaia procurar "uma rola". 

     Por sua vez, Malafaia protagonizou um vexame sem precedentes na TV brasileira, deixando nós , evangélicos que temos Cristo como nosso exemplo, profundamente envergonhados.

     Gostaria de  dizer aos evangélicos (e não evangélicos), que o que Malafaia fez é anti cristão, anti ético e uma prova concreta de que ele não segue o Cristo "manso e humilde de coração" (Mt 11:29) além de desprezar a ética cristã quando diz que "ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente" (2a Tm 2:24).  Destemperado como sempre, grosseiro e arrogante perdeu uma excelente chance de ficar calado e adornar assim a doutrina de Cristo.
     Jesus,  a quem Silas Malafaia deveria estar exemplificando, agiria de modo totalmente diferente diante de uma afronta, pois "quando foi insultado, não respondeu com insultos. Quando sofreu, não ameaçou, mas pôs a sua esperança em Deus, o justo Juiz " (1a Pd 2:23).



     " - Silas Malafaia, como cristão evangélico, eu tenho vergonha de atitudes como esta que você protagonizou contra o Boechat.  Pare de debater inutilmente com pessoas a quem você deveria estar pregando o evangelho".


OBS: Minhas considerações não são contra a pessoa ou o ministério de Silas Malafaia, mas à malfadada fala na briga com Boechat (Vide o vídeo acima).
   

Livro CIDADE VIVA foi lançado em Santa Rita.

No ultimo dia 04 de Março, no Anfiteatro do Centro Cultural Mário Covas foi realizado o lançamento oficial do livro CIDADE VIVA de autoria d...