sábado, 1 de novembro de 2014

Chega de profetada.

     
     Não pretendo "me divertir" quando estou conectado. Curto uma ou outra frase inteligente, uma citação interessante, uma certa notícia e "já deu". Fecho o face e me dedico ao trabalho. 

     No entanto, tem gente pagando de "profeta", querendo ser o mensageiro da última trombeta, o guru consolador, sei lá. Ficam colocando frases do tipo: "Hoje Deus está começando a fazer uma virada em sua vida, se você crê, dá uma curtida", ou então, "Hoje o Senhor coloca anjos para lutar em seu favor. Vai  firme e toma posse da vitória"

     Meu, dá um tempo! Este tipo de frase está mais vazia que o Sistema Cantareira. Dedique seu "dom profético" dirigindo-se primeiramente à Deus, em oração. Leia (mas leia estudando) a Bíblia e vai perceber que estas frasezinhas  não melhoram a vida de ninguém. Pelo contrário, distorcem a Palavra de Deus e acabam enfraquecendo as pessoas como o faz a astrologia, o tarô, cartas, búzios, etc.

     Pare de jogar profetadas no facebook, sem nenhuma conexão com o sofrimento humano, sem nenhum entendimento sobre profecia bíblica e sem a menor noção de estar pagando um grande mico, pois profeta do Senhor, sabe que a Palavra vem com endereço certo, compromete o profeta e traz "edificação, exortação e consolo" (1a Co 14:3).

     Profecia, sim. Profetada: chega!

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Maldição de nordestino!?

     
O paulista (mais precisamente, o paulistano) já protagonizou episódios de preconceito explícito contra nordestinos, assunto que voltou à tona após a reeleição da presidente Dilma. Seria a seca do sudeste, um efeito retaliador da natureza, tipo, aqui se faz, aqui se paga?

     Sou paulistano "da gema", nascido na capital, mais precisamente na Avenida Nove de Julho. Criei-me nas movimentadas ruas do centro da capital paulista, meu principal passeio semanal. O que nunca compreendi muito bem é esse preconceito ridículo contra nordestinos.


     Sempre achei estranho a generalização e o preconceito em São Paulo mais estranho ainda. Não importa o Estado de origem, para o paulista, todo nordestino é "baiano" e termos pejorativos como "baianada", são usados quando alguma coisa sai errada. Uma tremenda injustiça em relação a um povo trabalhador que ajudou a construir, não apenas o Metrô ou arranha céus, mas toda uma cultura da maior cidade do país.


     Lembro-me quando a prefeita Luiza Erundina, de Uiraúna - PB,  típica representante nordestina, elegeu-se para o cargo máximo da maior cidade da America Latina. O ego do paulistano foi atingido. Houveram várias manifestações com bombas e pichações. Não haviam ainda redes sociais, o que minimizou os efeitos da reação, mas no subconsciente coletivo do paulistano, isto nunca foi muito bem digerido.


     Hoje, a situação, no sentido climático, está inversa. Ironia do destino. Será que nossos filhos (ou netos) precisarão subir num "pau de arara" e migrar para a terra de Luiz Gonzaga, numa versão pós moderna de "Asa Branca"?


     Pois é. Cuspir pra cima é perigoso. Principalmente tendo como base o mapa do Brasil. 


     Esta falta de água em São Paulo, pode ser bem vinda, assim como, digamos: "um banho" de humildade.

     Óxente.




Seca do Sudeste

     Reflexões sobre as implicações naturais, sociais e espirituais de uma das principais catástrofes ambientais dos últimos tempos.                                                                                                         


              Estamos vivendo situação inusitada. Além da ausência de condensação e precipitação de água sobre nossa região, tenho uma forte suspeita de haver outra causa mais grave.

        Dança da chuva.
Cresci assistindo filmes e desenhos relacionados ao faroeste americano e achava engraçada a tal “dança da chuva”. Não vejo graça nisso, mas não ignoro  haver uma causa além das apontadas pelos ambientalistas. Estariam os índios com razão? Forças sobrenaturais estariam por trás da ausência ou excesso de chuva?
Segundo os estudiosos da Bíblia, o planeta Terra, em seu estado original, não necessitava de chuva. Um orvalho constante o envolvia e a atmosfera estava em perfeitas condições, gerando um clima agradável (perto dos 23 graus) na porção seca do planeta que  concentrava-se num único continente. Este estado de perfeito equilíbrio, sofreu com “a queda” (*) culminando no “dilúvio” (**) : ação divina que inaugurou o período de chuvas, tempestades e tormentas ambientais. Deus prometeu não mais destruir sua criação com dilúvios, mas a ação do homem tem sido predadora e destrutiva.

              Florestas podem viram deserto.
              Como consequência do pecado, o homem passou a ter mais trabalho para extrair o seu alimento e garantir sua sobrevivência (Gn 3:19).  A agricultura foi sendo desenvolvida e o homem foi adaptando-se às estações do ano,  alterações ambientais e  catástrofes climáticas. Hoje, onde vemos um deserto inabitável, foi antigamente uma floresta rica em flora e fauna. Onde vemos bosques verdejantes e transbordantes de água, poderão tornar-se lugares áridos e sem vida.
                O sudeste do Brasil tem sido um dos melhores locais da América Latina para se viver. Clima ameno, terra boa, muita água e prosperidade econômica. Mas a ação do homem está transformando este paraíso tropical num deserto inabitável. Isso pode parecer exagerado, mas se as estimativas pluviométricas se confirmarem, teremos que arranjar outro lugar para morar.

            De quem é a culpa?
           A Bíblia ensina que Deus é Soberano sobre sua criação.  “Do Senhor é a Terra e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam” (Sl 24:1). Também ensina que o ser humano é seu mordomo, responsável por cuidar deste planeta a fim de garantir a preservação de sua e das demais espécies (Salmo 115:16). Ao longo da história bíblica, Deus usou as secas para chamar pessoas ao arrependimento. Um dos momentos mais dramáticos foi durante o período em que Elias profetizou. Deus usou seu profeta para chamar a nação israelita ao arrependimento, e para isso, utilizou a seca:  “Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz.  Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. Orou outra vez, e o céu enviou chuva, e a terra produziu os seus frutos” (S. Tiago 5:16 à 18). Veja a relação entre confissão de pecado e chuva! É algo para se pensar.
               
        Seca do sudeste.
Desde criança ouço falar da “seca do nordeste”. Hoje meus filhos já estão vendo o início da “seca do sudeste”. O que meus netos presenciarão? Quanto tempo ainda teremos até as regiões do país estarem totalmente sem água?
A região sudeste do Brasil (e estados adjacentes) são prósperos, mas esta prosperidade não tem sido tributada à Deus.  Há muita religiosidade, mas igualmente materialismo, egoísmo,  idolatria e pratica de toda sorte de pecado nojento e degradante. Nossas leis não estão sendo feitas sob o temor à Deus. Nossas crianças não estão sendo tratadas como Jesus nos ordenou. A violência contra a mulher nunca teve índices tão altos, Os casamentos estão se dissolvendo a uma porcentagem de 70%. O tráfico e consumo de drogas cresce assustadoramente. A impunidade é alarmante. Igualmente todo tipo de perversão sexual é praticada sem o menor pudor. A pornografia zomba da família, da moral e de Deus. Será que estamos tão cegos que não conseguimos enxergar o apelo de Deus ao arrependimento?

                Faça a sua parte.
        Se você considera-se cristão, entende o que estou dizendo. Faça sua parte. Arrependa-se de todo pecado conhecido. Abandone-o definitivamente. Clame à Deus por perdão e purificação.  Se teremos chuva ou não, não depende de nossa esperteza, tecnologia ambiental, conhecimento de física, química ou estatística. Depende de Deus. Somente dele. Então, vamos dobrar nossos joelhos humildemente e orar como nunca, pela nossa vida e pela vida de nossos semelhantes, antes que seja tarde.
                “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra” (2a Cr. 7:14).
                Se queremos chuva, precisamos parar de apontar culpados, olharmos para nosso umbigo e clamar à Deus, “pois Ele realiza maravilhas insondáveis, milagres que não se pode contar.  Derrama chuva sobre a terra, e envia água sobre os campos” (Jó 5:9,10).

Se este artigo significou alguma coisa para você, escreva-me: sergiomarcosmevec@gmail.com
(*) Queda: expressão teológica relativa ao pecado cometido por Adão e Eva, os primeiros habitantes do planeta, que ao desobedecerem ao Criador, perderam seu estado original, sofrendo a maldição de seu pecado levando a Terra a sofrer com seu ato de rebelião.
(**) Dilúvio: juízo divino para destruição da humanidade que inundou o planeta, poupando apenas Noé, sua família e as espécies animais em pares, como um “restart” no planeta Terra

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Razões para não visitar o "Templo de Salomão" da IURD.

     
     Em primeiro lugar, não quero aqui bancar o franco atirador e fazer crítica pela crítica. Tenho que admitir que a IURD, em termos numéricos, é um dos principais fenômenos religiosos do país, possui uma invejável rede de telecomunicações, promove obras sociais de peso e, acredito, contribui para a melhoria de condições de vida (material) de inúmeros brasileiros.

     O prédio que recebeu o nome de "Templo de Salomão" é uma bela tentativa de reproduzir uma réplica do original, ocupa um espaço físico imenso na maior capital de América Latina, parece ter sido bem construído e tem tudo para se tornar um dos cartões postais da capital paulista.

     No entanto, para um autêntico cristão, cuja fé se fundamenta na doutrina dos apóstolos e dos profetas e que valoriza os mais dois mil anos de história do cristianismo, há  importantes razões para não fazer a visita.

1) O Verdadeiro Templo foi construído por revelação do Deus de Israel que indicou o local exato para sua construção  onde cada detalhe apontava para Jesus Cristo, a revelação  máxima da divindade. O tal prédio da IURD não faz o menor sentido para Deus e não é "lugar sagrado" como preconizam seus líderes. O próprio Jesus afirmou: "onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estarei eu, no meio deles" ( Mt 18:20). Lugar sagrado é todo e qualquer lugar onde cristãos se reunirem para adorar a Deus.

2) O próprio Jesus Cristo afirmou ser, ele mesmo, o Templo de Deus. Num debate com seus opositores, narrado por São João, lemos: "Jesus respondeu e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei.  Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos, foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias?  Mas ele falava do templo do seu corpo.  Quando, pois, ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isso; e creram na Escritura e na palavra que Jesus tinha dito" (Jo 2:19 à 22). 
     Para Deus, o Templo israelita foi uma construção profética cujo cumprimento se deu na escarnação do Verbo, Jesus (João 1:1,14).

3) O apóstolo Paulo afirmou que o Templo de Salomão era o Templo de Deus, além de apontar para Cristo, em segunda instância, aponta para todo cristão verdadeiro: "Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário (templo) do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês"(1a Co 6:19,20)
     Ou seja, construir um prédio dizendo que Deus está ali é uma heresia grosseira contra um Deus que decidiu habitar no coração de cada cristão regenerado fazendo de seu corpo, um local sagrado.

4) O judaísmo é uma religião ligada a uma tradição nacional, uma raça distinta, com história, cultura, costumes e práticas . A comunidade judaica vê com suspeita a mega construção Iurdiana e, em alguns casos, com certo desdém e até revolta. Para os tais, as reais intenções para esta construção não são santas. 

     Talvez haja muitas razões para não ir, mas se as que apontei acima não forem suficientes, saiba que para visitar o tal lugar, é preciso ir a uma igreja Universal (!) e comprar o ingresso a preço de R$ 45,00. Pelo jeito, não é para qualquer um.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Religião e espiritualidade: alguma diferença?

   
Recentemente, (coisa de uns 10 anos) artigos e vídeos começaram a explodir na internet com conteúdo que execrava a religião, enaltecendo a espiritualidade. É difícil definir com precisão a diferença entre ambos os termos, apenas pela etimologia. Convém entendermos o sentido histórico e só então avaliarmos o peso semântico, seu uso no contexto atual.

     Tradicionalmente, a religião ficou conhecida como "a religação" entre o homem pecador e o Deus Santo. Num sentido cristão, só há uma forma desta "religação" ser processada: por meio do sacrifício vicário e substitutivo, realizado por Jesus Cristo na cruz.


     Na história do cristianismo, o termo "religião" foi usado como "conjunto de crenças e práticas que definiam uma comunidade", em seus relacionamentos com Deus e uns para com os outros. Significava "a intensidade do fiel (ou crente) com respeito a este corpo de crenças". A ela se unia termos como: liturgia, devoção, costumes e hábitos, etc.


     Atualmente, após o desgaste dos termos e o enfraquecimento da instituições,  as expressões estão sendo redefinidas e nem todos estão acompanhando esse processo.


     O cristianismo perdeu muito com a institucionalização da igreja, desde Constantino (século IV) , quando deixou a singeleza e simplicidade dos lares e ganhou as catedrais e as basílicas suntuosas. Nem mesmo a Reforma Protestante  (século XVI) conseguiu um retorno  ao cristianismo primitivo. Resgatou-se a doutrina da "justificação pela fé" e alguns aspectos litúrgicos, mas, no geral, pouco se fez para que o cristianismo se livrasse das amarras do sincretismo e da separação entre clero e laicato e do conceito "templista" de religião.  


     Hoje, com os escândalos protagonizados por padres, pastores e líderes em geral  a religião, entendida como instituição, é vista com suspeita. Cresce o número dos que se definem cristãos/evangélicos, mas sem uma fidelidade a um partido denominacional. Surgiu, finalmente, o que era um "luxo" apenas dos católicos: o "crente nominal".


     Mark Driscoll, conhecido pastor de Chicago - EUA, em sua igreja Mars Hill, é um dos expoentes deste nova "roupagem", não menos institucionalizada, mas que se define como "igreja emergente", ou "alternativa", concebida para os que querem uma vida com Deus, mas detestam religião. Grupos com este tipo de disposição espiritual, estão se multiplicando mundo a fora.


     Alguma diferença? Num sentido tradicional, não. Mas num sentido contextual, deste terceiro milênio, sim. Espiritualidade busca ser compreendida num contexto de intimidade com Deus, de práticas fora das quatro paredes do prédio, erroneamente chamado de "igreja", e de uma devoção simples, despojada, sincera e intensa, no poder do Espírito Santo.

     O termo "religião", passa a ser compreendido como um código de moral e ética, desprovido de significado, confuso, não contextualizado, promotor de preconceitos, competição e que promove ícones humanos ofuscando o brilho daquele que é Único e merecedor de toda honra e glória: Deus.

     Nestas condições, espiritualidade, sim - religião, não.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

A fé tem suas razões.

     
Não ridicularize uma pessoa de fé. Você não sabe o quanto sua razão trabalhou para que ela finalmente confiasse. 

Engana-se quem não vê compatibilidade entre fé e razão. A fé depende da razão tanto quanto a razão depende da fé. 

     Eu acredito que exista uma Torre Eiffel sem nunca te-la visto.  Minha razão diz que ela existe pois a fotografaram, a retrataram em quadros à óleo e alguns conhecidos meus foram até Paris e noticiaram sua existência. É assim que eu creio : pelo testemunho de outros. 

     Da mesma fora, a fé cristã fundamenta-se no testemunho de outras pessoas. Pedro, João, os demais apóstolos e, posteriormente, mais de quinhentas pessoas, afirmaram que Cristo, após sangrenta crucificação, ressuscitou. 

     Negar a existência de Deus, por exemplo, não é uma atitude racional, pois há uma diferenciação entre o criacionismo científico e o criacionismo religioso. O criacionismo científico não deixa dúvidas de que o universo não surgiu ao acaso, pois o acaso não produz ordem, muito menos um sistema de funcionamento altamente complexo e sofisticado como o universo.  O criacionismo religioso, por sua vez, é quem dá o nome de "Deus" ao originador deste universo.

     Fé e razão não são excludentes, mas complementares. Apesar eu precisar da fé para crer e confiar em Deus, e em seu filho Jesus Cristo, minha razão jamais conseguirá se contrapor a esta crença, sem auto enganar-se, ou endurecer meu coração. É no coração que, segundo Blaise Pascal (*) acreditamos e confiamos em Deus. E como disse o genial filósofo francês sobre este assunto, "o coração tem razões, que a própria razão, desconhece".

(*) Blaise Pascal 1623 - 1662 - cristão, filósofo, matemático, autor de "Pensamentos".
     

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Copa sem culpa.


A impressão que se tem é que, quem curtir a Copa estará traindo as principais aspirações do povo brasileiro, ignorando os menos favorecidos, apoiando a Presidente Dilma no gasto excessivos com estádios, sendo pró PT e comunista! Meu Deus: o que fazer durante a Copa? Desligar a chave geral para não ser tentado a ligar a TV? Ir para um sítio e se isolar? Ir pra rua protestar? Fazer meditação no cemitério?

Politizados?

Que me desculpe os manifestantes ou “politizados”, mas assim como o sumô está para o japonês, o basebol para o americano e o rúgbi para o inglês, o futebol é parte integrante de nós mesmos. A seleção brasileira  é um patrimônio cultural.  
Não somos alienados. Sabemos que poderiam ter sito 7 estádios e não 12; que reformar o Morumbi, seria imensamente mais barato que o Itaquerão (não sou são-paulino) etc. Cremos na legitimidade de greves, protestos e manifestações. Entendemos  que a Copa do Mundo no Brasil está servindo, principalmente, a uma elite privilegiada, mas sentir culpa por estar  assistindo um jogo da seleção? Por quê?

Oportunismo.

Espero que os protestos não se limitem ao período da Copa do Mundo.  Que não caiamos na falácia de achar que, protestar durante a Copa atrairá olhares do mundo e forçará o governo a reagir, fazendo o que consideramos certo. A Copa do Mundo atrai olhares, principalmente, da imprensa esportiva. Após a cerimônia de encerramento, a mesma imprensa voltar-se-á para o próximo evento, lançando nossos esforços no mar do esquecimento. Nós continuaremos aqui, e precisaremos manter nossa “tocha acesa”, protestando nas ruas e principalmente, nas urnas.

Ao dizer protestos, não me refiro a um bando de ridículos e suas barbáries inócuas, sem sentido, como depredação de estabelecimentos comerciais, queima de ônibus e destruição de patrimônios públicos. Ignoram completamente que os movimentos que transformaram sociedades inteiras foram pacíficos, organizados, numerosos e plenos de cidadania. Vide a história de Martin Luther King Jr, Mahatma Ghandi, Madre Tereza, etc.

Culpa de quê?

Sentir culpa por assistir a Copa do Mundo?  Quem deveria estar com a consciência pesada é quem trai seu cônjuge, quem despreza os filhos, quem pratica a mentira, quem promove fofoca, que pratica a avareza, quem age com desonestidade com seu patrão (ou empregado), quem promove vícios, quem não cumpre o que promete, quem curte mágoas, enfim: quem está devendo  para o próximo e para Deus.
Se a Copa do Mundo é um entretenimento, ligado a nossa cultura, disponível a todos em TV aberta, que une torcidas rivais e até mesmo quem não aprecia o futebol, sendo o povo brasileiro o que mais festeja e melhor sabe celebrar tal evento,  não vejo por que sentir culpa. Amor ao Brasil vai além do tapete verde, da bola na rede, do grito de gol. Amar o Brasil é amar ao próximo, é ser solidário e acima de tudo, grato à Deus por nos ter dado o privilégio de nascer aqui.


Livro CIDADE VIVA foi lançado em Santa Rita.

No ultimo dia 04 de Março, no Anfiteatro do Centro Cultural Mário Covas foi realizado o lançamento oficial do livro CIDADE VIVA de autoria d...