sábado, 10 de maio de 2014

Podemos confiar na Bíblia?




SETE ACUSAÇÕES CONTRA O "LIVRO DE DEUS".

Voltaire fez fogueiras com Bíblias na França. Em tempos de guerra fria, (anos de chumbo) o bloco comunista condenou a morte quem o lesse e divulgasse. Como a Bíblia suportou tudo isso? Como um livro milenar poderia ditar normas de conduta em pleno terceiro milênio? Com que autoridade este livro é considerado “O Livro de Deus”?

Acompanhe-me e tire suas próprias conclusões.

1ª - A Bíblia foi escrita por homens...
Resposta: sim, a Bíblia é um livro escrito por pessoas, mas que tipo de pessoas?
Segundo a própria Bíblia, homens escolhidos para este propósito a escreveram.
“Jamais qualquer profecia (ou oráculo) foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos (inspirados) pelo Espírito Santo” (2ª Pd 1:21).
Homens inspirados. Conforme o idioma grego, “phero”, que significa “levar uma carga”. Deus os “carregava” interiormente com sua Palavra e eles, sob inspiração, escreviam.
Outra tradução da Bíblia diz: “Porque nenhuma profecia da Escritura jamais foi inventada pele próprio profeta. Foi o Espírito Santo, no íntimo desses homens de Deus, quem lhes concedeu mensagens verdadeiras da parte de Deus” (2ª Pedro 1:21 – VIVA).
                Cheios do Espírito Santo, no original seria “pletho pneuma” , de onde deriva nossa palavra “pneumático”. Assim como pneus se tornam úteis quando cheios de ar, assim os escritores Bíblicos se tornaram úteis nas mãos de Deus ao serem “cheios do Espírito Santo”.

2ª - A Bíblia contém mitos e lendas...
Resposta: A Bíblia é um conjunto de livros, 66 ao todo e possui palavras ditas por Deus, narrativas históricas (comprovadas pela arqueologia), princípios para uma vida bem sucedida, textos doutrinários, poesias e parábolas (histórias ilustrativas), mas em cada caso, há clareza suficiente para distinguir a natureza de cada um.
A hermenêutica é uma ciência de interpretação e aplicável também para as Escrituras Sagradas. Quando surge uma parábola (ou conto) sua finalidade é ilustrar uma verdade espiritual de difícil compreensão. As parábolas eram muito utilizadas nos tempos bíblicos pelos sábios e mestres. “Pois a palavra do Senhor é verdadeira; ele é fiel em tudo o que faz” (Salmo 33:4). Um exemplo pode ser Mateus 13:3 : “ Então lhes falou muitas coisas por parábolas, dizendo: O semeador saiu a semear”.
Fica claro que o que se segue, é um conto, uma história para ilustrar uma verdade espiritual.

3ª - A Bíblia ficou ultrapassada...
Resposta: A temperatura de ebulição da água é 100 C. O mesmo ocorria a 200 ou 1.000 anos atrás.
Há certas coisas que não mudam. A Bíblia fala do que é peculiar ao ser humano: suas relações interpessoais e sua relação com Deus, que não mudam com o passar do tempo. Inveja, ciúmes, ingratidão, esperança, amor, alegria, raiva, traição, ódio, vingança, sempre houve e sempre haverá. Não importa quão “tecnológicos” sejamos.
A Bíblia não perde seu frescor, pois seus ensinamentos não são perecíveis. “O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre” (Mt 24:35 – NTLH).

4ª – Há contradições na Bíblia.
Resposta: Aparentemente, sim. Que tipo de erros? Vejamos: o texto de Mateus 9:27 menciona dois cegos, mas a narrativa repete-se em Lucas 18:35 onde se lê “um cego”. Como resolver isso? Não são antagônicos e não comprometem a revelação de Deus. Em segundo lugar, as fontes de informação de Mateus e Lucas eram diferentes, sendo que uma delas valorizou o milagre outra deu destaque a presença das pessoas.
Outro exemplo é quando a Bíblia diz que o “sol parou” (Josué 10:13).  A Bíblia não se propõe ser um livro científico e muito menos ser precisa em questões astronômicas. O escritor bíblico, conforme o conhecimento que tinha na época (1.400 a.C.), compôs o texto de acordo com sua cosmovisão. Viu o “sol parado” e narrou o que observou.
Por outro lado, os relatos bíblicos não foram redigidos de forma precipitada ou emotiva. Veja como Lucas, por exemplo, expõe seu evangelho: “Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra,  igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem,  para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído” (Lucas1:1 à 4).

5ª - A Bíblia é um livro para fracos e ignorantes...
Resposta: Entre os escritores da Bíblia temos Moisés (filho adotivo de uma rainha), Davi (Monarca), José (Vice Governador do Egito) Salomão (Rei tido como o mais sábio que já existiu), Daniel (primeiro ministro de Estado), Paulo (membro do parlamento Israelita, poliglota e estadista cristão), Lucas (médico), entre outros.
Os protagonistas da Reforma Protestante do século XVI eram eruditos, intelectuais. 
Entre os principais pensadores e inventores de todos os tempos, temos cristãos amantes da Bíblia como Isaque Newton, Blaise Pascal, René Descartes, John Locke, entre outros. A música clássica possui grandes nomes de cristãos confessos. Entre eles: Johann Sebastian Bach e Hendel.
 A meditação nas Sagradas Escrituras acrescentam sabedoria e discernimento sem igual:  “Tenho mais discernimento que todos os meus mestres, pois medito nos teus testemunhos. Tenho mais entendimento que os anciãos, pois obedeço aos teus preceitos. Afasto os pés de todo caminho mau para obedecer à tua palavra” ( Salmo 119:97 à 101).

6ª. A Bíblia é preconceituosa...
Resposta: Como pode ser preconceituoso um livro que convoca, indiscriminadamente, todo tipo de pessoa para se juntar à família de Deus por meio de Cristo?
“...pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus.  E, se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa (Gálatas 3:27 à 29 - NVI).
Lemos ainda : “Nesta vida nova não importa a nacionalidade, a raça, a educação ou a posição social de alguém; estas coisas não significam nada. O que importa é se a pessoa tem Cristo ou não, e Ele é igualmente acessível a todos” (Colossenses 3:11 – VIVA).
Os movimentos abolicionistas, anti raciais e defensores dos direitos civis foram iniciados por pessoas que se inspiraram na Bíblia. Entre eles Gandhi, Martin Luther King Jr., entre outros.
Com respeito ao movimento gay, a Bíblia não é homofóbica. Jesus colocou como segundo grande mandamento “amar ao próximo como a si mesmo”, e não prescreveu características para esse “próximo”. A natureza nos apresenta homem e mulher como fundamento da raça humana e a garantia de procriação e multiplicação.  Mas isso não autoriza discriminação, ódio ou agressão, preconizados por comunidades homofóbicas.

7.        A Bíblia pode ser interpretada de diversas maneiras.
Resposta: A Bíblia, como qualquer outro livro, possui uma mensagem única, mas pode ser (e muitas vezes é) deturpada. É ridículo colocar a Bíblia como um livro “diferente”, onde cada um interpreta como quer. Há uma ciência de interpretação chamada “hermenêutica” que se aplica a qualquer obra literária, incluindo a Bíblia.
O que acontece é que, munidos de uma opinião formada, alguns vão à Bíblia como quem fuça numa caixa de lego, (aquele brinquedo feito de pecinhas que, quando acopladas uma à outra, pode-se “fazer” um avião, uma casa ou um barco) e recortando frases aleatoriamente forçam a Bíblia a dizer o que desejam e não o que ela mesma tem falado à séculos.
O texto sagrado admite existir muitas revelações difíceis (não impossíveis) de ser entendidas, que acabam sendo torcidas ou deturpadas por pessoas ignorantes ou mal intencionadas.
“...tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles” (2 Pedro 3:15,16) .

Conclusão: Não fale sobre o que você não conhece. Não repasse ou concorde com a opinião dos outros. Forme a sua opinião e prepare-se para defende-la consistentemente.  As pessoas estão sem referências, sem um local para se apoiarem.  A Bíblia em seus 66 livros, não é fácil de entender, mas Deus nos providenciou a igreja, um local onde juntos podemos meditar e sermos transformados por seu ensino.

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