sexta-feira, 23 de maio de 2014

Diga-me como usas o facebook e te direi quem és.

     
     Um ótimo lugar para se conhecer o íntimo de algumas pessoas, é o Facebook.         
     Tranquilos em seus lares, num local reservado, acabam postando o que não teriam coragem de revelar para ninguém. 
     Há exceções, mas via de regra, "se posta no face o que está no coração". Até os tribunais já estão lançando mão de recursos extraídos das redes socais para julgamentos, como é o caso da Inglaterra, onde um terço das separações judiciais, se dá devido à traição comprovada em facebook. 
     Com evitar esse "deslize"? 
     Primeiro: nunca use rede social como anti-depressivo. É um perigo.
     Se está com raiva de alguém, ligue, marque um encontro. Lançar indiretas vai atrair um número de desafetos dez vezes maior.
     Não compartilhe qualquer coisa por achar "bonitinho". Confira se você realmente acredita no post, se está de acordo com sua idade, com seu perfil social. Nossa imagem é algo precioso que não podemos prejudicar.
     Por último: defina uma filosofia pessoal, uma linha mestra para quem estiver em contato com seu perfil, não se surpreenda com um post "nada a ver". Atraia pessoas que tem algo a ver com você. Não se importe com número de amigos. É falso. Pense na qualidade.
     Ah, e não use facebook como confessionário... tem alguém melhor para você contar seus pecados...


sábado, 10 de maio de 2014

Podemos confiar na Bíblia?




SETE ACUSAÇÕES CONTRA O "LIVRO DE DEUS".

Voltaire fez fogueiras com Bíblias na França. Em tempos de guerra fria, (anos de chumbo) o bloco comunista condenou a morte quem o lesse e divulgasse. Como a Bíblia suportou tudo isso? Como um livro milenar poderia ditar normas de conduta em pleno terceiro milênio? Com que autoridade este livro é considerado “O Livro de Deus”?

Acompanhe-me e tire suas próprias conclusões.

1ª - A Bíblia foi escrita por homens...
Resposta: sim, a Bíblia é um livro escrito por pessoas, mas que tipo de pessoas?
Segundo a própria Bíblia, homens escolhidos para este propósito a escreveram.
“Jamais qualquer profecia (ou oráculo) foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos (inspirados) pelo Espírito Santo” (2ª Pd 1:21).
Homens inspirados. Conforme o idioma grego, “phero”, que significa “levar uma carga”. Deus os “carregava” interiormente com sua Palavra e eles, sob inspiração, escreviam.
Outra tradução da Bíblia diz: “Porque nenhuma profecia da Escritura jamais foi inventada pele próprio profeta. Foi o Espírito Santo, no íntimo desses homens de Deus, quem lhes concedeu mensagens verdadeiras da parte de Deus” (2ª Pedro 1:21 – VIVA).
                Cheios do Espírito Santo, no original seria “pletho pneuma” , de onde deriva nossa palavra “pneumático”. Assim como pneus se tornam úteis quando cheios de ar, assim os escritores Bíblicos se tornaram úteis nas mãos de Deus ao serem “cheios do Espírito Santo”.

2ª - A Bíblia contém mitos e lendas...
Resposta: A Bíblia é um conjunto de livros, 66 ao todo e possui palavras ditas por Deus, narrativas históricas (comprovadas pela arqueologia), princípios para uma vida bem sucedida, textos doutrinários, poesias e parábolas (histórias ilustrativas), mas em cada caso, há clareza suficiente para distinguir a natureza de cada um.
A hermenêutica é uma ciência de interpretação e aplicável também para as Escrituras Sagradas. Quando surge uma parábola (ou conto) sua finalidade é ilustrar uma verdade espiritual de difícil compreensão. As parábolas eram muito utilizadas nos tempos bíblicos pelos sábios e mestres. “Pois a palavra do Senhor é verdadeira; ele é fiel em tudo o que faz” (Salmo 33:4). Um exemplo pode ser Mateus 13:3 : “ Então lhes falou muitas coisas por parábolas, dizendo: O semeador saiu a semear”.
Fica claro que o que se segue, é um conto, uma história para ilustrar uma verdade espiritual.

3ª - A Bíblia ficou ultrapassada...
Resposta: A temperatura de ebulição da água é 100 C. O mesmo ocorria a 200 ou 1.000 anos atrás.
Há certas coisas que não mudam. A Bíblia fala do que é peculiar ao ser humano: suas relações interpessoais e sua relação com Deus, que não mudam com o passar do tempo. Inveja, ciúmes, ingratidão, esperança, amor, alegria, raiva, traição, ódio, vingança, sempre houve e sempre haverá. Não importa quão “tecnológicos” sejamos.
A Bíblia não perde seu frescor, pois seus ensinamentos não são perecíveis. “O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre” (Mt 24:35 – NTLH).

4ª – Há contradições na Bíblia.
Resposta: Aparentemente, sim. Que tipo de erros? Vejamos: o texto de Mateus 9:27 menciona dois cegos, mas a narrativa repete-se em Lucas 18:35 onde se lê “um cego”. Como resolver isso? Não são antagônicos e não comprometem a revelação de Deus. Em segundo lugar, as fontes de informação de Mateus e Lucas eram diferentes, sendo que uma delas valorizou o milagre outra deu destaque a presença das pessoas.
Outro exemplo é quando a Bíblia diz que o “sol parou” (Josué 10:13).  A Bíblia não se propõe ser um livro científico e muito menos ser precisa em questões astronômicas. O escritor bíblico, conforme o conhecimento que tinha na época (1.400 a.C.), compôs o texto de acordo com sua cosmovisão. Viu o “sol parado” e narrou o que observou.
Por outro lado, os relatos bíblicos não foram redigidos de forma precipitada ou emotiva. Veja como Lucas, por exemplo, expõe seu evangelho: “Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra,  igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem,  para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído” (Lucas1:1 à 4).

5ª - A Bíblia é um livro para fracos e ignorantes...
Resposta: Entre os escritores da Bíblia temos Moisés (filho adotivo de uma rainha), Davi (Monarca), José (Vice Governador do Egito) Salomão (Rei tido como o mais sábio que já existiu), Daniel (primeiro ministro de Estado), Paulo (membro do parlamento Israelita, poliglota e estadista cristão), Lucas (médico), entre outros.
Os protagonistas da Reforma Protestante do século XVI eram eruditos, intelectuais. 
Entre os principais pensadores e inventores de todos os tempos, temos cristãos amantes da Bíblia como Isaque Newton, Blaise Pascal, René Descartes, John Locke, entre outros. A música clássica possui grandes nomes de cristãos confessos. Entre eles: Johann Sebastian Bach e Hendel.
 A meditação nas Sagradas Escrituras acrescentam sabedoria e discernimento sem igual:  “Tenho mais discernimento que todos os meus mestres, pois medito nos teus testemunhos. Tenho mais entendimento que os anciãos, pois obedeço aos teus preceitos. Afasto os pés de todo caminho mau para obedecer à tua palavra” ( Salmo 119:97 à 101).

6ª. A Bíblia é preconceituosa...
Resposta: Como pode ser preconceituoso um livro que convoca, indiscriminadamente, todo tipo de pessoa para se juntar à família de Deus por meio de Cristo?
“...pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus.  E, se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa (Gálatas 3:27 à 29 - NVI).
Lemos ainda : “Nesta vida nova não importa a nacionalidade, a raça, a educação ou a posição social de alguém; estas coisas não significam nada. O que importa é se a pessoa tem Cristo ou não, e Ele é igualmente acessível a todos” (Colossenses 3:11 – VIVA).
Os movimentos abolicionistas, anti raciais e defensores dos direitos civis foram iniciados por pessoas que se inspiraram na Bíblia. Entre eles Gandhi, Martin Luther King Jr., entre outros.
Com respeito ao movimento gay, a Bíblia não é homofóbica. Jesus colocou como segundo grande mandamento “amar ao próximo como a si mesmo”, e não prescreveu características para esse “próximo”. A natureza nos apresenta homem e mulher como fundamento da raça humana e a garantia de procriação e multiplicação.  Mas isso não autoriza discriminação, ódio ou agressão, preconizados por comunidades homofóbicas.

7.        A Bíblia pode ser interpretada de diversas maneiras.
Resposta: A Bíblia, como qualquer outro livro, possui uma mensagem única, mas pode ser (e muitas vezes é) deturpada. É ridículo colocar a Bíblia como um livro “diferente”, onde cada um interpreta como quer. Há uma ciência de interpretação chamada “hermenêutica” que se aplica a qualquer obra literária, incluindo a Bíblia.
O que acontece é que, munidos de uma opinião formada, alguns vão à Bíblia como quem fuça numa caixa de lego, (aquele brinquedo feito de pecinhas que, quando acopladas uma à outra, pode-se “fazer” um avião, uma casa ou um barco) e recortando frases aleatoriamente forçam a Bíblia a dizer o que desejam e não o que ela mesma tem falado à séculos.
O texto sagrado admite existir muitas revelações difíceis (não impossíveis) de ser entendidas, que acabam sendo torcidas ou deturpadas por pessoas ignorantes ou mal intencionadas.
“...tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles” (2 Pedro 3:15,16) .

Conclusão: Não fale sobre o que você não conhece. Não repasse ou concorde com a opinião dos outros. Forme a sua opinião e prepare-se para defende-la consistentemente.  As pessoas estão sem referências, sem um local para se apoiarem.  A Bíblia em seus 66 livros, não é fácil de entender, mas Deus nos providenciou a igreja, um local onde juntos podemos meditar e sermos transformados por seu ensino.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Ressurreição: mito ou realidade?

Jesus Cristo ressuscitou realmente? As teorias contrárias foram confirmadas? Existem evidências da ressurreição? Seriam os relatos bíblicos as únicas fontes a serem consultadas? É possível acreditar na ressurreição sem desprezar a razão? 

           Credenciais.
Entenda-se por ressurreição, o retorno da alma (ou espírito) ao mesmo corpo que outrora habitara. Os relatos bíblicos sobre a ressurreição podem ser encontrados em São Marcos, capítulo 16; São Lucas, capítulo 24 e São João capítulos 20 e 21. Em tais narrativas, o corpo físico de Jesus é tocado, as feridas da crucificação são visíveis e o Mestre se alimenta de peixe e mel silvestre com os discípulos. No entanto, as narrativas bíblicas parecem não satisfazer as mentes mais inquiridoras. Se esse é seu caso, gostaria de chamar sua atenção para três credenciais básicas de Jesus Cristo:
1) O impacto de sua vida na história, dividindo-a em antes de Cristo (a.C.) e depois de Cristo (d.C.) ; 
2) As profecias milenares que se cumpriram literalmente em sua pessoa;
3) O infindável número de pessoas que, ao longo de mais de dois mil anos de história, atestam que foram radicalmente transformadas para melhor, após terem “um encontro” com Jesus ressuscitado;
4) O fato de até hoje jamais alguém haver desacreditado sua ressurreição de modo consistente e definitivo.

Inquirindo.
         Existem argumentos fortes a favor e contra a ressurreição corporal de Cristo. O que não podemos evitar é o fato de a ressurreição ser a principal coluna de sustentação da fé cristã. Retirando-se esta coluna, todo arcabouço teológico cristão cai por terra. “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé”, afirma o Apóstolo Paulo em sua carta aos Coríntios 15:14.
Para se ter uma ideia do impacto da ressurreição nos primeiros cristãos,
1)      A arqueologia registra a existência de desenhos alusivos nas catacumbas de Roma e nos muros da cidade.
2)      A hinologia cristã abunda em referências a ressurreição.
3)      Os apologistas cristãos dos primeiros séculos produziram abundante  literatura defendendo ardorosamente a fé na ressurreição e em todos os “credos da igreja” a ressurreição de Cristo é tida como pilastra central do cristianismo.
4)      O túmulo vazio de Cristo foi o berço de cristianismo. Para a humanidade se ver livre do cristianismo, basta provar que a ressurreição foi uma fraude.

          História.
         Um conceituado historiador chamado Wilbur Smith disse que “temos mais detalhes sobre as horas que antecederam a morte de Jesus e sobre a própria morte, acontecimentos ocorridos em Jerusalém e proximidades, do que os detalhes que temos sobre a morte de qualquer outra pessoa do mundo antigo”
Os discípulos, após sua morte ficaram profundamente abatidos. Uma reação psicológica normal. Como explicar a euforia dias após ressurreição? Como explicar o evento público de pentecostes e a conversão imediata de três mil pessoas? Como explicar a prisão de Pedro, um simples pescador, pela única acusação de anunciar a ressurreição de Cristo? Como explicar as transformações sócio/religiosas que ocorreram sob o anúncio da ressurreição corporal de Cristo? Como explicar a fúria dos imperadores romanos destinando às arenas, os crentes em Jesus Cristo? Bastava alguém “desmentir” a ressurreição com provas incontestáveis e  seria colocado um ponto final na crença que se alastrava rapidamente. Por que isso nunca foi feito?

Especulações
Alguns seguimentos religiosos surgiram ao longo dos anos em torno da “não ressurreição corporal”,  mas sem contra argumentar consistentemente os testemunhos da história e dos relatos bíblicos.
Uma destas especulações é que Jesus não havia ressuscitado corporalmente, mas aparecido num corpo “materializado”, fantasmagórico, que, ao elevar-se da Terra, desvaneceu-se sem deixar vestígio.
Outro argumento é que Jesus não morreu mas sofreu um desmaio, acordando depois no túmulo e fugido para a região do Tibete, onde casou-se e  teve filhos.
A versão romana é que os discípulos roubaram o corpo e o esconderam para então propagarem a “fraude” da ressurreição.
A Bíblia afirma que, além dos apóstolos e seus familiares, Jesus Cristo ressuscitado foi visto por mais de quinhentas  pessoas (1ª Coríntios 15:6). Não foram apenas alguns punhados, tomados de estase ou comprometidos emocionalmente. Para o mundo antigo, quinhentas pessoas é um montante considerável e se fracassassem em divulgar sua fé na ressurreição corporal de Cristo, jamais chegaria até nós tal crença. Estas pessoas não apenas disseram tê-lo visto, mas deixaram um legado ético e moral ao mundo com sua conduta irrepreensível, se dispondo, inclusive a morrer mas não negar, de forma alguma, que o seu Senhor, crucificado, havia ressuscitado corporalmente.

E eu com isso?
Se Jesus de fato ressuscitou, ficou comprovado que ele era quem dizia ser: o filho de Deus. Algumas religiões insistem em combater ferrenhamente o que a Bíblia assevera peremptoriamente.  Jesus Cristo é Deus. Não “um deus” inferior, não um ser humano “iluminado”, ou o “mais iluminado de todos”. Não! Quinhentas vezes não! Jesus foi o único a nascer de uma virgem, o único que curou um cego de nascença, o único a acalmar uma tempestade por comando de voz, o único que conseguiu amar os que o martirizaram, o único que, uma vez morto (com uma lança sendo transpassada em seu tórax) três dias depois, retornou vivo.
Isso afronta o ego humano. Isso confunde mentes arrogantes. Isso fere a vaidade dos reis e poderosos. O Deus Eterno se tornou vulnerável, caminhou entre os homens, sujeitou-se as limitações dos mortais, pregou o amor, a misericórdia e condenou o pecado em suas formas mais sutis, tanto pessoais quanto sociais.
Se isso for uma fraude, estamos por nossa conta. Aconteça o que acontecer, “morreu, acabou”. Nada de céu ou inferno. Nada de absolvição ou condenação. Nada de ética, moral ou bons costumes. A sorte foi lançada. Ninguém é de ninguém. Ninguém deve nada a ninguém. O que restou é matéria, que o chão há de comer.
Mas... e se for verdade??



quinta-feira, 6 de março de 2014

Precoce...cada vez mais cedo!

     Foi-se o tempo que os pais diziam: "- você não sabe de nada. Precisa obedecer". Tente falar assim com seus filhos e eles te darão uma "surra" de política internacional, guerra cambial e, de quebra, lhe deixarão atualizado sobre as últimas descobertas sobre células tronco.

     Precoces. Assim definimos a juventude de hoje. O acesso a informação promovido e democratizado pela internet transformou nossa vida muito mais do que podemos imaginar.  
Não adianta tentar frear a nova geração. É um processo irreversível. 

     Lembro-me de um pai que, quando seu filho ainda não tinha 10 anos, o ouviu perguntar: "- Pai, o que é sadomasoquismo?". Mas não se assuste. Fomos pegos de surpresa, é verdade, mas podemos correr atrás do prejuízo. Buscar uma saída honrosa.


     Ame seus filhos. Não com doces, chocolates, celulares ou passeios no shopping. Ame no sentido relacional. Procure entender "seu mundo", ouvir suas músicas, curtir seu jeito de falar. Peça a ele que traduza termos que ele usa e você desconhece.      


     Sei que a "independência" deles te incomoda. Você perdeu cedo "o controle" e sente-se culpado por isso. Calma. Existe um Deus que já sabia que enfrentaríamos isso. Um de seus profetas no A.T. já havia dito: "Nos últimos dias a ciência se multiplicará" (Daniel) e que seriam "tempos difíceis" (Paulo, no N.T.). 


     Se Deus não foi pego de surpresa pode ser consultado, buscado, por pais e mães perplexos, a fim de auxiliá-los nestes tempos pós modernos. Afinal, o Criador de tudo, sabia o que estava fazendo ao nos criar, e nos fez a Sua imagem e semelhança.


     Relaxa. Você não, mas Deus está no controle.


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Fé utilitarista e fé ortodoxa. Qual delas você pratica?

   
"- Fé é fé, e pronto". Quem pensa assim, não sabe o que é fé.
     Fé não é crendice, não é sortilégio, não é um "salto no escuro". Fé é confiança que molda nosso procedimento, nosso comportamento, nosso conjunto de valores e nos faz existir para fora de nós mesmos.      Fé se baseia em fatos, em palavras, mas principalmente num objeto que julgamos digno de merecer nossa fé. 
     A fé não exclui o uso da razão. Pelo contrário, apoia-se nela e por ela aposta, acredita, investe, avança.
     A fé cristã é fé em fatos relacionados a ação de Deus no cosmos. É fé inteligente, fundamentada, documentada e adubada por experiências que remontam séculos. 
     Infelizmente, em tempos pós modernos, a fé tem se tornado um objeto de consumo, engolida que foi pelo utilitarismo materialista, clientelista, imediatista. Hoje, ao se falar de fé, se fala em bem de uso e consumo, de ser "abençoado" num sentido animal, carnal, material. A fé tem perdido sua essência devocional, seu foco espiritual, sua raiz existencial que estende seus tentáculos em direção ao Eterno, Imaterial, Perfeito e Único.
     A fé ortodoxa é a fé dos antigos, das experiências dos patriarcas, dos profetas, dos apóstolos, dos pais da igreja, dos santos medievais, dos monges em seus retiros, em suas clausuras, em suas meditações e orações contínuas. A fé ortodoxa moldou gerações, transformou culturas, mudou cenários políticos, implantou o Reino de Deus curando enfermos, expulsando demônios, salvando pecadores gerando comunidades de amor e misericórdia. A fé real cativou céticos, desconstruiu argumentações de ateus, desmontou sistemas pseudo teológicos e governou a razão, a ação e o desenvolvimento da humanidade.
     Quem concebeu a fé? De onde ela emana? Quem  a sustenta? Quem a propaga? Quem a protege?
    "O autor e consumador da fé: Jesus de Nazaré" (Carta aos Hebreus 12:2 b - Bíblia).

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Vamos mesmo ter uma "Copa"?

     O clima está cada vez mais tenso. A imprensa não noticia tudo limitando-se a fazer breves notas. Devido a morte de um jornalista da Band, houve uma maior atenção aos protestos no Rio de Janeiro. 

     Recentemente tem surgido algumas acusações contra partidos políticos que estariam por trás das manifestações, "patrocinando" alguns "cabeças" para organizarem (ou anarquizarem) alguns protestos e passeatas.

     A Copa do Mundo Fifa 2014 está em risco? Com certeza. Se o governo tentar tapar o sol com a peneira, pode tomar um susto e o mega evento de nível mundial se tornará um fracasso nacional. Cá pra nós, a prisão dos mensaleiros enfileirados como os anões da Branca de Neve sob o silêncio do PT não foi um "rabinho entre as pernas", mas uma manobra estratégica. Alguém duvida que após a Copa serão soltos?

     Mas somos brasileiros. Não desistimos nunca! Se o mundo está de olho em nós, muitos aproveitarão esta exposição. " - É agora, ou nunca", pensam. O governo precisa atentar para alguns detalhes importantes.

     1o. O povo está nas ruas. Se sob a batuta de um anarquista ou não, o povo está nas ruas. São mais que eleitores. São contribuintes, engrossam o PIB, labutam, sabem de seus deveres e agora, acordaram para seus direitos. Os bilhões gastos nos estádios dói na alma do povo que conhece o que é fila na saúde e mediocridade na educação.

     2o. A imprensa internacional é ágil e totalmente livre. Tudo que acontece aqui "dentro" é repassado com requintes de detalhes no exterior. Outro dia li um jornal em uma capital de um país aqui da América Latina e fiquei impressionado com a lucidez com que analisam nossa política interna. Li que o Brasil, se cresceu na economia, esse crescimento ainda não refletiu na vida do cidadão brasileiro em forma de benefícios sociais. 

     3o. Os programas assistencialistas do governo, não convenceram. O povo parece não ter se vendido as "bolsas" governamentais.  Agradecem o dinheiro, mas exigem respeito. Os programas "minha casa, minha vida" e "minha casa melhor" parecem não ser suficientes. Precisamos também do "meu hospital, minha vida" e "minha escola, minha vida". O governo parece que se esqueceu que passamos a maior parte do dia na escola e os nossos piores dias, nos hospitais.

     E a COPA? Tenho cá meus temores. Se na Copa das Confederações já houve um "furdúncio", imagine a Copa do Mundo? Temo pelos manifestos pacíficos devido a vulnerabilidade aos "balck bloc". Temo a truculência da polícia e a falta de tradição em lidar com manifestantes. Temo os exageros, o controle sobre a imprensa e pela a vida de brasileiros e turistas. 

     Por outro lado, acredito que a imagem do Brasil, lá fora, vai mudar. O pais das "bundas de fora" e das praias com muita cerveja, talvez seja visto com outros olhos. Mas associando isso tudo com o atraso das obras dos estádios e de seus entornos, acredito que manteremos nossa fama: "o Brasil não é um país sério".

     Que Deus tenha misericórdia de nós.





terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Muito mais que um beijo.

     
O último capítulo da novela da Globo, AMOR À VIDA, protagonizou um divisor de águas na dramaturgia da TV aberta: o beijo gay.      
     Não discuto aqui a questão homossexual, mas alerto que esta cena é mais política do que artística.
     É sabido que uma parcela de evangélicos tornou-se, nos últimos anos, opositores ferrenhos do movimento GLTBS. Digo "uma parcela", pois entendo que o cristão de fé protestante tem como princípio de vida o "amai o próximo como a si mesmo", onde a expressão "próximo" refere-se ao ser humano num sentido universal. Não levanta a bandeira "anti gay", pois esta bandeira não está disponível no cristianismo clássico. A não aceitação da prática homossexual, para estes, é uma questão de crença e não política. 
     "Uma coisa é a homofobia, que é odiar, agir com preconceito e violência contra quem não segue esse padrão de vida; outra é ser um cristão e não aceitar o padrão do mundo atual, em que o valor do prazer pessoal deve ser imposto como padrão absoluto para a sociedade e a família. Como cristãos temos que amar a todos, inclusive os que vivem fora dos padrões da Bíblia, e vivermos sob os princípios da Palavra de Deus, seja na questão da sexualidade ou sob qualquer outra área de nossas vidas" - Carlito Paes, blog da PIB de São José dos Campos (*).
         
     Por isso afirmo que o alvo da Globo foi fazer o cristão evangélico se "desarmar" de sua aparente atitude "anti gay", por uma sinalização clara.
     Primeiro sinal: nesta novela, teve-se o cuidado de não apresentar caricaturas de evangélicos, mas aspectos socialmente aceitáveis. Com isso a Globo intencionou trazer o "crente" para a sala de TV no horário de exibição.
     Outro sinal, não menos importante, foi a aparente mudança de caráter ocorrida no personagem "Félix", brilhantemente interpretado por Mateus Solano. Fica evidente que, o que importa, é ser "boa pessoa", independente das práticas sexuais, sabendo que nunca somos bons o suficiente, diante da perfeição de Deus. Todos somos carentes da graça do Senhor.
     Por último, o beijo ocorre no último capítulo onde autor e diretor carregaram no aspecto emocional, entremeando cenas de casamentos, reconciliações e festividades com a cena principal, que foi a reconciliação entre o pai, Cesar (Antônio Fagundes) e o filho (Mateus Solano), numa cena bucólica durante o por do sol.
     Esta sinalização deve ser observada por todos os que acreditam na Bíblia como a inerrante Palavra de Deus, que criou o ser humano à sua imagem e semelhança, nos dizeres do Gênesis: "homem e mulher os criou".  A não aceitação da prática homossexual deve ser encarada, repito, como uma questão de fé e não política. Deve haver respeito de ambas as partes. 
     Penso que esta questão ganhará cada vez mais espaço na mídia, exatamente no horário onde o povo brasileiro está mais relaxado, diante da TV.  Numa sociedade democrática, a liberdade de expressão garante isso.
     "Liberdade de expressão é o direito de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos. É um conceito basilar nas democracias modernas nas quais a censura não tem respaldo moral" - Bruno Fontenele Cabral.
     A mesma liberdade propalada pelo movimento GLTBS, é também direito dos que acreditam na Bíblia e a praticam. 
     A liberdade de opinião deve ser garantida, de ambos os lados, sem a famigerada militância, tão danosa ao convívio social. 


(*) Carlito Paes - http://pibnet.com.br/portal/index.php?option=com_k2&view=item&id=243:o-beijo-gay-da-tv-e-sua-fam%C3%ADlia

Livro CIDADE VIVA foi lançado em Santa Rita.

No ultimo dia 04 de Março, no Anfiteatro do Centro Cultural Mário Covas foi realizado o lançamento oficial do livro CIDADE VIVA de autoria d...